Niteroiense nascido em 1962, Carmo Soá iniciou seus estudos de pintura aos 12 anos de idade, na antiga Escola Fluminense de Belas Artes, frequentando aulas de desenho por dois anos. Em 1974, ingressou na Sociedade Brasileira de Belas Artes e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro teve aulas de escultura com Haroldo Barroso, em 1977.

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No Museu Nacional de Belas Artes, Carmo Soa frequentou o curso "Teoria da Cor Inexistente", ministrado por Israel Pedrosa, além de "Arte do século XX – Do moderno ao pós-moderno", com Frederico de Moraes. Em 1979, cursou desenho publicitário no OBERG. Entre 1979 e 1982, o artista dedicou-se a dar aulas de desenho no Conservatório de Música de Niterói. O artista realizou exposições individuais em diversas galerias, entre as quais se destacam a Espaço Galeria de Arte, em Nova Friburgo, onde apresentou "Mulheres", 1984; Galeria do Planetário da Gávea, no Rio, com "Retratos e Retratados", 1987; Galeria do Clube Militar, no Rio, com a exposição "Ou", 1994; Borghese Galeria de Arte, em Niterói, 1996; Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 1997; Espaço Cultural da Justiça Federal, no Rio, 1999, e Museu Antônio Parreiras, em Niterói, 2001, entre outras.

Carmo Soa também integrou mostras coletivas na Bill Gallery, em Los Angeles, 1994; na Galeria Borghese, no Rio e em Niterói, 1995; na Expoarte Galeria de Arte, em Brasília, 1996; Beth Barreto Escritório de Arte, na cidade de São Paulo, 1997, e no Museu Antônio Parreiras, mostra "Um olhar... sobre a paisagem", em Niterói, 1999. Entre outras coletivas das quais participou, merece destaque "A Grande Noite da Cultura Rubro Negra", que aconteceu na cidade do Rio durante as comemorações do Centenário do Clube Flamengo.

A mostra reuniu artistas como Ângelo de Aquino, Maurício Machado, Pietrina Checcacci e Rubens Gerchman. Em exposição na Galeria do Clube Militar do Rio de Janeiro, o artista recebeu Menção Honrosa pelo quadro "Somos uns nós só", da série Avenida Brasil, em 1994. Sua obra integra as coleções de Hebe Camargo, Walmor Chagas, Helô Pinheiro, do músico norte-americano Neil Young e do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, estando presente também ns edições de 1997 e 2000 do Dicionário de Artes Plásticas, de Maria Alice e Júlio Louzada.

Também cantor e compositor, Carmo Soá gravou em 2011, pelo selo Niterói Discos, 'Bergère', um álbum com 15 composições próprias.



Críticas

"A figuração emerge de manchas abstratas como um sonho, ou melhor, como um ectoplasma da imaginação erotizada. Mesclando realidade com onirismo, o artista nos oferta um painel da vida moderna, no qual não faltam expressões de dúvidas existenciais, como em sua tela 'Pecado do Mundo', ou interrogações de fundo religioso, como no quadro 'Mundo sem pecados'. Mostrando versos e reversos da nossa vida metropolitana, Carmo Soá dedica especial atenção ao universo feminino, do qual procura pintar a intimidade, o medo de amar, a repressão e também a descontração." MÁRIO MARGUTTI, 1994

"Formado nos rígidos cânones da pintura acadêmica, por ele exaustivamente estudada e dominada, Carmo Soá derivou para o impressionismo e vem produzindo magníficos trabalhos que revelam complexo domínio das cores e virtuosismo nas composições temáticas. A variedade dos temas reflete o espírito irrequieto e versátil do artista que, liberto de esquemas convencionais, extrai unicamente da mãe-arte a harmonia que envolve seus trabalhos. A apurada técnica de Carmo Soá, a criatividade demonstrada no ecletismo dos temas e o sentimento que impregna seus quadros faz dessa mostra uma autêntica exibição de arte e talento." MAURÍCIO MACHADO, 1997

"Estou realmente impressionado, há muito tempo não via um pintor com tanto talento. Suas cores, suas misturas, seu desenho perfeito e sua composição são de um mestre do final do século XX. Seus retratos a óleo são realizados com maestria, assim como suas naturezas mortas, nus e marinhas. Tenho a honra de ter sido retratado por ele e convido a sociedade a participar comigo da inauguração dessa mostra." BERNARD RAJZMAN, 1997

"Carmo Soa, pintor talentoso que sabe como poucos usar o desenho e as cores num resultado primoroso. Seus retratos impressionam pela fidelidade e técnica apresentadas. Suas paisagens belíssimas, o colocam em lugar de destaque entre os jovens e promissores artistas." ROMANELLI, 1998


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Publicado em 10/05/2014

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