Tombamento estadual em 15/04/1991
Processo INEPAC E-12/000.393/91

Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca

A história do Palácio transporta-nos ao ano de 1891, quando o antigo sítio Água Azul, de propriedade do Barão de São João de Icaraí, foi vendido aos proprietários da Ramos & Cia, para ali construírem uma olaria. Em 1904, o sítio foi adquirido, por ato judicial, pelo Presidente da Província, Nilo Peçanha, em função de dívidas dos seus donos, sendo criado, ali, o Horto Botânico, com o objetivo de favorecer a pomicultura fluminense.

O edifício foi palco de relevantes pesquisas científicas: em 20 de março de 1919 era inaugurado o Instituto Vacínico do Estado do Rio de Janeiro, para fabricação da vacina contra varíola, fornecendo vacinas para todo o estado fluminense, além de outros estados. Em 1927, na área da agricultura, pesquisava a aplicação do álcool como combustível em motores e máquinas agrícolas.

Em 1923, a tutela do horto é transferida para a União e ali vai se instalar a Escola Superior de Agricultura e Veterinária da União. Quando a Escola foi transferida para o Rio de Janeiro, em 1927, o prédio perdeu um pouco da sua importância, só recuperada quando o interventor Ari Parreiras o escolheu para sede da Secretaria Estadual de Agricultura, em 1931. Em 1942 foi instalado o Jardim Zoológico.

Quando dos festejos do IV Centenário de Niterói, em 1973, o edifício passou a chamar-se "Palácio Euclides da Cunha". Em 1976, nas comemorações dos 70 anos do Horto, este recebeu o título de Jardim Botânico Nilo Peçanha. Finalmente, em 1990, o prédio é incorporado ao patrimônio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater Rio - que o ocupa até os dias de hoje.

Nos anos 2010, a Prefeitura de Niterói realizou diversas obras de revitalização em uma parceria com o Governo Estadual. Foi construído no local do desastivado Jardim Zoológico, uma área de lazer que conta com aproximadamente 8 mil metros quadrados, divididos entre pistas de patins e caminhada, playground e local de convivência. Em 2018, o Horto foi transformado em Jardom Botânico.




Arquitetura

Edificação de caráter imponente, não só pela sua implantação como pelo acabamento decorativo, possui uma tendência eclética. Construído sobre porão habitável, apresenta, atualmente, uma planta que se desenvolve em torno de um pátio central, obtido através de sucessivas reformas de ampliação.

Originalmente, a edificação era linear, com um pavimento sobre porão alto; um segundo pavimento foi construído, alterando-lhe a composição de fachada; posteriormente dois corpos laterais, de um pavimento, foram-lhe acrescidos, formando uma planta em "U"; finalmente, em uma reforma de 1970, um bloco de dois pavimentos fechou o pátio.

O edifício tem uma fachada simétrica marcada pelo pórtico majestático, com escada centralizada, uma ampla portada em arco pleno, falsa estereotomia de massa, colunas estilizadas, entablamento e um mirante encimado por frontão curvilíneo, onde se vê a escultura de duas figuras que seguram guirlandas. O telhado fica escondido por uma platibanda com balaústres torneados. A profusa ornamentação de estuque consagra o palácio como um exemplar representativo de sua época.

Por sua importância histórica, arquitetônica e ambiental, foi tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural - INEPAC, em 15 de setembro de 1991, através do processo E-12/393/91."













Publicado em 25/09/2013

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