Em 1995, a Prefeitura de Niterói, por meio de seu selo institucional Niterói Livros, publicou a obra "...E não conseguiram me fazer triste! – descontraído depoimento sobre Nictheroy", uma coletânea de cinquenta anos de crônicas, publicadas em diversos jornais, e que foram selecionadas por Carlos Couto para serem reunidas num livro.
São textos que tratam da política local, fatos do dia a dia, teatro, relacionando nomes que foram e são da maior importância para a história de Niterói. Que o leitor releve seus neologismos pois preferimos mantê-los sob o risco de adulterar uma das características mais marcantes de sua literatura e personalidade: a irreverência.
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Carlos Alfredo de Araújo Couto nasceu em Portugal, no ano 1921. Com três anos chegou em Niterói , onde residiu por toda a vida.
Sua primeira paixão foi o teatro. Estudou como amador em 1944 e em 47 fundou o teatro da União Fluminense dos estudantes. No ano seguinte, destacou-se em Hamlet no teatro dos estudantes do Brasil. Com Sérgio Cardoso, Sérgio Brito e outros, fundou o teatro dos doze. Esta primeira fase de sua vida prolongou-se ate 1953, tendo, no período, feito cinema, trabalhado na estreia da TV Tupi, e sido redator e repórter na Rádio Guanabara onde se destacou produzindo No Mundo do Teatro. Também dirigiu elencos amadores, recebendo , em 1951, o título de "Revelação de diretor" da A.B.C.T. e "Revelação de ator" pela Roquete Pinto.
Bacharel em direito, cameloteou nas ruas de Niterói para pagar dividas de sua companhia e estreou como cronista em O Fluminense. Logo após assumiu a direção comercial do grande jornal o fluminense para a qual produziu, na antiga TV Rio, o coisas da praia grande. Esta segunda fase estendeu-se até 1963 e incluiu a criação da Carlos Couto Propaganda (CCP). Com os irmãos Falcão, lançou o praia grande em revista, precursor de todos os semanários alternativos do município.
Em 1964, viajou a Portugal, França, Espanha e Marrocos, tendo denunciado através de O Fluminense, o regime fascista de Salazar, o que o obrigou a fechar o CCP e a voltar ao Grande Jornal Fluminense, onde viria a lançar a crônica diária "O homem da rua".
Nesta terceira fase, fundou o Pic Pac Serviços Rurais e publicou oito livros. De 83 a 86 foi diretor do Teatro Municipal de Niterói. Fundou os Amigos do Teatro de Niterói (ATEN) e construiu o Teatro de Varanda em Pendotiba.
Carlos Couto faleceu, vítima de infarto, em maio de 1993, após cinquenta anos de dedicação à vida cultural de Niterói.
Prefácio
Foi durante a campanha para a sucessão de Jorge Roberto Silveira na Prefeitura que conheci Carlos Couto. Estava na rua da Conceição, perto da Leiteria Brasil, quando vi aquele homem exuberante aproximar-se, sem me permitir tempo a apresentações: João, sou Carlos Couto, o Homem da Rua. Por favor, não deixe as obras do Municipal pararem".
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Antônio Parreiras. Clique para ampliar |
Quando a casa anexa ao teatro ficou pronta, sugeri que fosse batizada com seu nome. Por isso, fico feliz quando vejo diariamente a mídia divulgando os eventos da sala Carlos Couto. Gostaria que ele estivesse vivo para testemunhar que, conforme disse no encontro da rua da conceição, o teatro está quase pronto. E o projeto de restauração foi premiado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil.
Este livro é um antigo sonho de Carlos Couto que o Projeto Editorial Niterói Livros tem a honra de realizar. São cinquenta anos de crônicas, publicadas em diversos jornais, e que foram selecionadas por ele para serem reunidas num livro. São textos que tratam de política local, fatos do dia a dia, teatro, relacionando nomes que foram e são da maior importância para a história de Niterói. Que o leitor releve seus neologismos pois preferimos mantê-los sob o risco de adulterar uma das características mais marcantes de sua literatura e personalidade: a irreverência.
João Sampaio
Prefeito de Niterói (1992-95)
Ficha Técnica
Obra
...E não conseguiram me fazer triste! – descontraído depoimento sobre Nictheroy
Autor
Carlos Couto
Colaboradores
Carolina Hospodar Corrêa
Profa. Sulamita Castro Azevedo e Silva
Prof. Salvador Mata e Silva
Ano de Edição
1995
Número de páginas
ap.162
Editoria – Margareth da Luz
Revisão - Walker Kattenbach
Capa - Felipe Eduardo e Gerson Lessa
Editoração eletrônica - Camilo Eduardo
Fotolitos - Arte digital produção gráfica
Ficha Institucional
Prefeito
João Sampaio
Presidente da FAN
Luiz Antonio de Farias Mello
Direção executiva da Niterói Livros
Ivan Macedo Vianna
Direção editorial da Niterói Livros
Margareth da Luz e Maria Auxiliadora Silveira
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