Em 2008, Prefeitura de Niterói, por meio da Niterói Livros, lançou o livro “Teatro de Maria Jacintha”, organizado por Marise Rodrigues, que traz um estudo profundo sobre a vida e obra da teatróloga fluminense Maria Jacintha.

Mais do que mulher de teatro, Jacintha foi uma mulher de seu tempo. Pacifista, libertária e preocupada com a questão da mulher, em suas peças, estão presentes elementos tão distintos e ao mesmo tempo tão complementares como a luta pelos direitos da mulher, guerras e a preocupação com as consequências da modernidade.

Clique para ampliar
Escritora, tradutora, crítica e diretora, Maria Jacintha dedicou sua vida ao teatro, sendo responsável pela revelação de atores como Fernanda Montenegro, Nicette Bruno e Carlos Couto. Com opiniões fortes, ela discutia, em suas peças, questões como os direitos da mulher e as razões das guerras.

O livro originou-se da tese de doutorado “Ressonâncias & memórias: Maria Jacintha, dramaturga brasileira do século XX – história de uma pesquisa”, apresentada em abril de 2006, no Instituto de Letras, da Universidade Federal Fluminense (UFF), cuja proposta foi de resgatar a vida e da obra da escritora fluminense. A autora seleciona peças que foram encenadas e/ou editadas no período de 1937 a 1973 e que representam dois momentos distintos de sua produção teatral.

O primeiro momento da obra, de 1937 a 1947, compreende as peças “O gosto da vida”, “A doutora Magda”, “Conflito”, “Convite à vida”, “Já é manhã no mar”, que marcam a gênese de sua obra dramatúrgica no cenário teatral brasileiro. E, o segundo momento se caracteriza pelas peças “Um não sei o quê que nasce não sei onde” e “Intermezzo da imortal esperança”, consolidando o teatro “mariajacinthiano”. As peças foram publicadas, respectivamente, em 1968 e 1973, com um hiato de mais de 20 anos, da encenação de “Já é manhã no mar”.

O leitor encontrará aqui mais do que respostas para o porquê de Maria Jacintha ser considerada um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. Encontrará também uma mulher política e poética, uma figura fascinante.


Apresentação

Senti uma enorme alegria ao saber que será publicado o teatro de Maria Jacintha. Nada mais justo do que o reconhecimento da obra desta mulher, da maior importância para o teatro brasileiro.

Lembrar-se de Maria Jacintha, em primeiro lugar, é homenagear uma pessoa que dedicou sua vida à educação e à cultura. Escritora e tradutora, professora e, eu diria mestra em incentivar e estimular jovens ao teatro.

Clique para ampliar
É impossível falar de Maria Jacintha sem lembrar-se de Dulcina, por quem ela nutria uma grande admiração e a quem auxiliou muito na escolha de repertórios da companhia de Teatro Dulcina, por quem ela nutria uma grande admiração e a quem auxiliou muito na escolha de repertórios da companhia de teatro Dulcina-Odilon.

O Teatro de Arte de Maria Jacintha desde sempre primou pela qualidade de textos a serem montados por algumas companhias existentes na época, alem dos espetáculos que ela mesma produzia. Sempre aproveitando jovens atores para formá-los, com o respeito e a disciplina necessários para a execução de um trabalho artístico digno!

Logo que comecei minha atividade artística tive a oportunidade de conhecer Maria Jacintha, que me transmitiu a essência do teatro como arte viva e base para várias demonstrações artísticas. Autora de diversas peças, como, por exemplo, “Já é manhã no mar”, na qual tive o prazer de representar, além de ter tido o privilégio de participar da leitura de alguns de seus vários textos, Maria Jacintha foi uma mulher de fibra, com uma consciência política inteligente.

E, por isso mesmo, incompreendida pelo sistema. Nada mais justo e certo do que editar uma coletânea de sua obra, permitindo, assim, que vários atores, diretores e produtores conheçam o grande talento e a grandiosidade da pessoa humana que se chamava Maria Jacintha.

Nicette Bruno


Editorial

Maria Jacintha Trovão da Costa Campos foi dramaturga, tradutora, jornalista, professora de francês, ensaísta, produtora e diretora. Teve participação fundamental na modernização do teatro brasileiro.

Sobre ela, Mário de Andrade afirmou que fazia “questão de manifestar durante todo o texto uma imparcialidade absoluta, permitindo que as personagens exponham seus pontos-de-vista e se revelem”.

Entretanto, sua dramaturgia, assim como o restante de sua obra, ainda permanece inédita ou necessita de reedição. Essa obra começa a preencher essa lacuna, reunindo peças inéditas e algumas que necessitavam serem republicadas, representativas de dois momentos distintos da dramaturgia da autora.

A Niterói Livros, selo da Prefeitura de Niterói, através de sua Secretaria de Cultura/Fundação de Arte de Niterói (FAN) presta, uma vez mais, um serviço à cultura nacional, com a publicação do O teatro de Maria Jacintha.

Godofredo Pinto Prefeito de Niterói




Ficha Técnica

Editoria
Graça Porto

Atualização de texto
Marise Rodrigues e Rosely de Fátima Campello Barroco

Editoração
Rafael Lucena

Capa
Ulisses Rodrigues

Obra
Teatro de Maria Jacintha

Autor
Marise Rodrigues

Ano de Edição
2008

Número de páginas
p.752

Tamanho das páginas
16x23cm



Ficha Institucional

Godofredo Pinto
Prefeito de Niterói

Marcelo Velloso
Subsecretário Municipal de Cultura

Danielle Nigromonte
Presidente da Fundação de Arte de Niterói

Maria Inês Azevedo de Oliveira
Superintendente da Fundação de Arte de Niterói

Graça Porto
Coordenadora da Niterói Livros


Tags:






Publicado em 0000-00-00

O Bonde de Niterói
História de um Pintor - contada por ele mesmo
São Domingos: berço histórico de Niterói
Adelino Magalhães
...E não conseguiram me fazer triste!
"Eles nasceram em Niterói" e "Topônimos tupis de Niterói"
Capítulos da Memória Niteroiense
Às margens plácidas do Rio Calimbá
Café Paris - Os precursores