Em 2004, a Niterói Livros, publicou a obra "Contos do Velho Nipon", de Luís Antônio Pimentel. Considerado o primeiro livro de contos japoneses, publicado no Brasil, o livro desvenda-nos as maravilhas do folclore nipônico e evidencia-se o valor universal da literatura infantil. É um enriquecimento respeitável para a literatura infantil e uma divulgação adorável da alma japonesa, com sua candura, sua prudência virtuosa e sua moral sentida e aprendida.
Apresentação
A riqueza da vida cultural de uma cidade, muitas vezes medida apenas pela intensidade de seu show business e pelo sucesso dos seus eventos artísticos, deve incluir, também, a sua vida literária, onde, mais que o brilho fugaz, se busca construir a memória e a permanência.
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Embora, para alguns, já tendo deixado de ocupar o lugar central nas práticas culturais do Ocidente, que deteve antes do surgimento de meios como o cinema, o rádio e a televisão, o campo da literatura continua sendo um espaço privilegiado para a expressão de artes maiores do gênio humano, como a poesia e o romance, que são, ainda, também, fontes para todas as outras formas de expressão de artes maiores do gênio humano, como a poesia e o romance, que são, ainda, também, fontes para todas as outras formas de expressão artística contemporânea que com elas convivem.
Luís Antônio Pimentel, jornalista, escritor e historiador, avesso à luz efêmera dos holofotes, construiu, ao longo de sete décadas de produção constante, uma obra literária múltipla, de expressão e riqueza singulares. Embora saudado em sua estreia, em 1933, com Ciranda, cirandinha..., por nomes maiores, da critica em nosso país, como jaó Ribeiro e Eloy Pontes, espera, todavia o merecido reconhecimento nacional, talvez devido à fragilidade histórica de nossa indústria editorial, que nunca pôde oferecer circulação mais ampla aos seus livros, o que a publicação, pela Niterói Livros, de suas obras reunidas, organizadas pelo professor Aníbal Bragança, certamente irá ensejar.
Expressão maior da vida literária de Niterói nas últimas décadas, membro ativo de suas sociedades e academias, e patrono de vários espaços culturais, Luís Antônio Pimentel é reconhecido, na antiga capital fluminense, como um mestre, nos caminhos da literatura, por jovens escritores, e, mesmo, por muitos de seus pares, sendo o nome mais solicitado para apresentar e prefaciar livros escritos e publicados em nossa cidade.
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Verbete na clássica Enciclopédia Delta Larousse, organizada por Antônio Houaiss, e nos dicionários e enciclopédias de literatura brasileira, Luís Antônio Pimentel é também um dos maiores divulgadores, em nosso país, da cultura japonesa, especialmente de sua literatura tradicional. A ele se deve, sem dúvida, o interesse e o exercício do fazer poético, consagrado por Bashô, entre muitos escritores fluminenses.
A fertilidade da cultura em Niterói deve à obra criadora de seus artistas. Tanto à daqueles que aqui nasceram e vivem, ou que a levaram, em sua formação, para outros lugares onde se fixaram como aos niteroienses “de coração”, que para aqui vieram, oriundos de outros municípios e estados ou mesmo nascidos em outros países.
A identidade cultural de Niterói não seria a mesma sem as figuras luminares de seus escritores, como, dentre outros, Adelino Magalhães, Antônio Callado e Marco Américo Lucchesi, e, mais ainda, a de Luís Antônio Pimentel, cuja obra, a partir da realização desta iniciativa da Niterói Livros, pode ser conhecida e apreciada em seu admirável conjunto.
Marcos Gomes
Secretário de Cultura de Niterói
Trajetória do autor
Luís Antonio Pimentel, jornalista, professor e escritor, nascido em 1912, em Miracema (RJ), mora desde a infância em Niterói (RJ). De família, em que se destacam intelectuais, como seu tio Alberto Figueiredo Pimentel (1869-1914), começou cedo sua atuação na imprensa carioca. Em 1937, recebeu bolsa de estudos para o Japão. Encantado com a cultura nipônica, lá ficou até 1942, saindo apenas quando houve a evacuação de estrangeiros do país, em guerra. Retornou a Niterói e passou a dedicar-se ao ensino técnico e à imprensa na antiga capital fluminense. Diplomou-se em jornalismo pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia, em 1952. Parte de sua colaboração na imprensa fluminense e seus livros sobre a cidade forma a Enciclopédia de Niterói (v. 1 das Obras Reunidas). Publica semanalmente a seção “Arte Fluminense” nos jornais A Tribuna e Jornal de Icaraí, de Niterói (RJ).
Trajetória do organizador
Aníbal Bragança, professor do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, coordenador do Núcleo de Pesquisa sobre o livro e a História Editorial (LIHED). Graduado em História (UFF), é mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela USP. Autor de Livraria Ideal, do cordel à bibliografia, 1999, co-organizador do livro A Profissão do Poeta & Carta aos Livreiros do Brasil, 2002, com estudos de e sobre o poeta Geir Campos. Tem vários artigos e ensaios publicados em revistas acadêmicas, no Brasil e em Portugal.
Ficha Técnica
Obra
Contos do Velho Nipon
Organização, Notas, Projeto e Supervisão Geral
Aníbal Bragança
Estudos Inéditos de
Sonia Regina Longhi Ninomya, Lucia Teixeira, Cyana Leahy e Luiz Fernando Medeiros de Carvalho
Coordenadora Niterói Livros
Margareth da Luz
Pesquisa
Aníbal Bragança, Graça Porto, Bruno Dorigatti e Luís Antônio Pimentel
Digitação
Danielle de Miranda Silva e Glória Maria Andion dos Santos
Projeto Gráfico e Capa
Benzenuti (detalhe), in Fiabe e Leggende giapponesi, ed, Fabbri, Milão, 1987; ed.
bras., fábulas e lendas japonesas, Círculo do livro, 1987; a assinatura e o nome em
japonês do autor, reproduzidos nas capas dos volumes das Obras Reunidas são de
seu livro Namida no Kit0, editado, em 1940, no Japão;
Autor do Monte Fuji (Japão), Verão de 1938; arquivo do autor.
Foto do miolo
Ano de Edição
2004
Número de páginas
510
Ficha Institucional
Marcos Gomes
Secretário Municipal de Cultura
André Felipe Gagliano Alves
Subsecretário Municipal de Cultura
Marilda Ormy
Presidente da Fundação de Arte de Niterói
Maria Inês Azevedo Oliveira
Superintendente da Fundação de Arte de Niterói
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