A Sala José Cândido de Carvalho recebe de 09 de junho a 03 de julho de 2015, a exposição fotográfica "Vermelho", de Davy Alexandrisky. No primeiro andar da Secretaria Municipal de Cultura, a sala fica aberta à visitação de segunda a sexta, das 09 às 17h.

Composta por oito fotografias, a mostra que apresenta imagens de diferentes temáticas, destaca através da presença da cor vermelho: a luz, a dança, a ação, a música, o abstrato e o tempo. Revelando, que independente da foto ser digital ou analógica, a imagem tem o poder de construir ou destruir conceitos estabelecidos, sinalizando que as obras expostas têm como relevância e ponto de valorização a sensibilidade e a textura usadas pelo próprio fotógrafo.

Alexandrisky realiza essa exposição para comemorar seus 10 anos dentro do processo fotográfico digital. Monocromática, o vermelho é o modo pelo qual o artista resolveu chamar atenção do público, já que é normal, o acesso de todos, a imagens com milhões de cores ou mesmo preto e branco.


Fotos de Luiz Ferreira



A abertura acontece na terça-feira, 09 de junho, às 19h.


    A gramática fotográfica tem seu discurso influenciado por uma gama infinita de variáveis, as quais venho experimentando desde 1968, quando me tornei fotógrafo profissional. São filmes de variadas sensibilidade à luz e consequentes diferenças de textura. Diferenças que se multiplicam pela fórmula química de seus banhos de revelação, combinados com as respectivas temperaturas em grau Celsus. Qua ainda podem ter seu resultado modificado pela faculdade do fotógrafo errar deliberadamente a sua exposição à luz. Qualquer fotógrafo foto-químico – ou, modernamente, analógico - poderia encher várias páginas como essa só de experiências experimentadas pessoalmente no laboratório. Fora as centenas de milhares de páginas de uma farta bibliografia sobre técnica fotográfica.

    Há10 anos abandonei isso tudo para viajar no mundo da produção da imagem digital que, por sua vez, faz dessas múltiplas possibilidades fotoquímica ou analógica algo próximo ao finito, diante das opções que nos oferece a chamada fotografia digital. A compreensão dos números é inatingível. São dados da ordem de 16, 32 ou 65 milhões de cores, por exemplo. E usei justo o exemplo, dos milhões de cores, porque decidi comemorar meus 10 anos com um mergulho nos meus arquivos digitais para buscar fotografias que se aproximassem do monocromático. Podia ser azul, amarelo ou fúcsia, mas escolhi o vermelho por ser a cor que nos faz parar no trânsito, como na intenção de fazer o espectador parar diante das minhas fotos, de muitos momentos e lugares diferentes, fotografadas com as mais diversas intenções.

    Este é o convite que faço agora: venha parar diante das minhas imagens vermelhas!

    Davy Alexandrisky



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Publicado em 19/05/2015

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