Com abertura agendada para o sábado, 30 de setembro, a exposição "A Onda Indomável", do fotógrafo português Ricardo Bravo, traz as grandiosas ondas de Nazaré para o mezanino do MAC Niterói

A mostra, fruto da parceria entre Niterói e a cidade de Nazaré, em Portugal, traz pela primeira vez ao Brasil os incríveis registros fotográficos de Bravo. A curadoria de Nicolas Martin Ferreira revela a fascinante conexão entre as imagens das ondas de Nazaré e as curvas das icônicas obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer, uma vez que a exposição tem desdobramentos na Cúpula do Caminho Niemeyer e no Reserva Cultural, tornando-se um circuito dos Gigantes de Nazaré nos principais espaços concebidos pelo arquiteto das curvas em Nikity.

Venha mergulhar na atmosfera de Nazaré e celebrar a cultura que une essas cidades irmãs separadas pelo Oceano Atlântico. A visitação acontece de terça a domingo, das 10h às 18h (com entrada até 17h30), no Mezanino do MAC Niterói.






Apresentada de 30 de setembro a 15 de outubro de 2023, no MAC Niterói - Rio de Janeiro. Outros dois locais de grande espetacularidade também a apresentam, de 30 de setembro até o início de janeiro de 2024: a Cúpula do Caminho Niemeyer e a Sala Nelson Pereira dos Santos.

Vinte fotografias em preto e branco com formato 100 x 150 cm, bem como diversas projeções sonoras e luminosas de ondas são reveladas durante este evento, como se estivéssemos presentes na Nazaré. Os visitantes ficam imersos na famosa ondulação.

Em Portugal, cem quilômetros a norte de Lisboa, a pequena vila de Nazaré é um ímã de ondas e um spot global para surfistas de todo o mundo. Neste exato local, o oceano Atlântico deságua no canhão da Nazaré, uma falha submarina de cinco quilômetros de profundidade, onde a ondulação, impulsionada em direção à superfície, cria ondas gigantescas, as maiores do mundo!

Foi neste local que foi quebrado o recorde mundial da maior onda alguma vez surfada, em 2018. Atingiu 24,38 metros, o que é um edifício com cerca de oito andares! Surfistas extremos enfrentam esses monstros com imprudência, enfrentando esse perigo arriscando mesmo suas vidas…

A exposição reúne a obra do fotógrafo Ricardo Bravo e a obra de Oscar Niemeyer, o mestre da arquitetura futurista, para ressoar em harmonia.

O público admira a perspectiva destes dois artistas animados pelo mesmo sentimento e que faz da admiração do público, do amor pela onda e pela curva, o apelo do movimento e da dinâmica. As suas ondas sobrepõem-se à beleza, à poesia e à elegância... cada fotografia é única, uma obra de arte por si só! As ondas das obras arquitetônicas de Niemeyer, as ondas salgadas do oceano captadas num piscar de olhos por Ricardo Bravo, um artista que nos leva a bordo na mais pura exaltação, onde só podemos ficar fascinados pela sua arte. Poderoso, remoinho ou onda, a emoção está aí.

Com o seu sentido técnico e horas de contemplação, Ricardo Bravo capta a beleza destas formas tumultuosas e perigosas que nos revela com a sua maestria perfeita. Um desafio permanente para o artista que há duas décadas visita regularmente o local, infinitamente fascinado pela impossibilidade de repetição das formas do Mar da Nazaré.

Visitantes cativados contemplam estas fotografias sublimes e excepcionais. As curvas são desenhadas, moldadas diante dos nossos olhos. Poderosas, imprevisíveis e, por vezes, assustadoras, transformam-se numa verdadeira obra-prima. Dela emanam força, tensão palpável, mas também poesia quando a onda é mais suave, como evidencia esta surpreendente foto em formato de coração.

O trabalho artesanal e apaixonado de Ricardo Bravo, executado com total maestria, mergulha-nos na evidência da beleza, da qual emerge uma ode à força e à dimensão inusitada desse mar.

Durante a exposição, o público passeia pelo Caminho Niemeyer, com vista para a grandiosa Baía de Guanabara, no alto do mirante da Boa Viagem, onde a vista é de tirar o fôlego. Lá podem ser descobertos três lugares excepcionais de Oscar Niemeyer: o MAC Niterói (Museu de Arte Contemporânea), a Cúpula e a Sala Nelson Pereira dos Santos.

Obra-prima de Niemeyer, o MAC Niterói é um dos principais monumentos da cidade. A sua estrutura decididamente futurista, semelhante a um disco voador, está pendurada numa falésia junto à praia. Atrai milhares de visitantes desde sua inauguração em 1996. A Cúpula do Caminho Niemeyer, ao lado do Teatro Popular, é um verdadeiro cartão postal de Niterói, onde uma mega projeção das ondas da Nazaré é exibida de forma magistral e onírica. Depois, no gigantesco auditório, numa surpreendente estrutura que lembra um rolo de filme, ainda projetada pelo pai da arquitetura moderna e poeta da curva Oscar Niemeyer, fica a Sala Nelson Pereira dos Santos.

"O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar…”, disse Oscar Niemeyer.

Agradecemos ao prefeito de Nazaré, Walter Chicharro, grande amante do mar, do surf e de sua vila, bem como ao prefeito de Niterói, Axel Grael, por sua excepcional sensibilidade ao esporte, à cultura e à arte.

Esta exposição acontece durante os 450 anos de Niterói. Agradecemos também pelo apoio do presidente André Bento, da Neltur, pelo apoio e pelas relações turísticas imutáveis mantidas entre Nazaré e Niterói, bem como ao presidente Fernando Brandão, da Fundação de Arte de Niterói (FAN).

Curador Nicolas Martin Ferreira






Biografia de Ricardo Bravo

Praticante de bodyboard desde os 13 anos, não demorou muito para que tirasse as suas primeiras fotografias de mar com uma câmera descartável à prova de água. Trinta e cinco anos passaram e tudo continua diferente, porque o mar não se repete.

Nascido e criado em Lisboa, onde estudou fotografia e deu os primeiros passos na profissão, vive a 15 minutos de Lisboa, na carismática vila de Paço de Arcos, onde o Tejo e o Atlântico se encontram. Mar, surf, viagens, arquitetura, automóveis e retrato são os temas que mais tem explorado ao longo da sua carreira de fotógrafo freelancer. Foi também editor de fotografia e assinou textos, fez diversas exposições e conquistou alguns prêmios e capas de revista de que se orgulha discretamente, porque as vitórias na vida são outras.

Viajou o mundo na busca das melhores ondas, mas continua a considerar a magnífica costa portuguesa (e a de Nazaré, em particular) o seu estúdio de eleição. Das mais de três décadas passadas a contemplar o mar, aprendeu a ler e escrever por entre as suas sutilezas, enquanto descobria o infinito e assumia incertezas: "Sei que fotografo para partilhar momentos, para questionar e compreender o que me rodeia, para criar recordações, explorar sonhos, comunicar e, por que não, ter uma profissão. Sei, acima de tudo, que fotografo porque sim.”

Em 2020, publicou o livro "Nazaré”, onde reúne as suas fotografias das ondas gigantes da Praia do Norte e textos criados a partir de entrevistas que fez com alguns dos melhores surfistas de ondas grandes.


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Publicado em 28/09/2023

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