Emanuel Monjardim Lait, nascido e residente em Niterói, aluno do Centro Educacional de Niterói, autodidata, começou a se expressar artisticamente aos 15 anos por meio do desenho e da pintura. Sua primeira exposição individual realizou-se no Museu de História da Arte do Estado do Rio de Janeiro (Museu do Ingá).
Participou de diversas individuais e coletivas, como o Salão da Primavera 2000 (Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do evento 'Niterói Arte Hoje', realizado no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), que fez uma panorâmica de toda a arte praticada em Niterói.
Ingressou na Faculdade de Arquitetura e depois transferiu-se para o curso de Direito. Participou das exposições coletivas Universidarte e Fronteira Zero.
Crítica
"Nesta sua segunda individual eu constato o seu amadurecimento: os traços tornaram-se mais incisivos e suas cores representativas de um estágio que se enquadra no Movimento Concreto que teve tantos expoentes no Brasil – como Lygia Pape ou Alfredo Volpi em determinada época de sua carreira. Racionalidade, umas das características marcantes do Concretismo está presente o tempo todo nas formas de Emanuel – são linhas que se inclinam ou se cruzam produzindo formas geométricas equilibradas e perfeitas. A composição que se pode acreditar rígida, na verdade é poética e fala por si só. Ele pertence àquela corrente dos artistas que se preocupam com a forma perfeita e essa perfeição ele busca incessantemente, guardando as proporções no espaço bidimensional, onde ele se expressa: proporções dinâmicas, número de ouro, ou retângulos áureos, ele traduz em desenhos que trabalha instintivamente, uma vez que é autodidata. Mas o resultado é como se ele estivesse experimentando incessantemente essas relações, baseado no estudo das proporções, que tem sua origem no Renascimento, com Leonardo da Vinci e arquitetos como Michelangelo e Palladio. Trabalho é o lema de Emanuel: trabalho minucioso e persistente." Isis Braga - Membro da ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte.
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"Emanuel Monjardim é um artista autodidata, mas isto não quer dizer que sua obra não conheça e aprofunde as investigações de outros artistas. Suas pinturas e desenhos se inserem na tradição construtiva brasileira, onde o espaço do plano deve ser domado e estruturado pelo labor minucioso e preciso de suas linhas. Alguns nomes poderiam ser citados como referência histórica para o trabalho de Monjardim como Ivan Serpa, Willys de Castro, os Metaesquemas de Hélio Oiticica, Almir Mavignier e Lygia Pape dentre outros. A cor no seu trabalho, quando há, está delimitada pelas linhas que se organizam ritmadamente, fazendo com que a experiência retiniana torne o espectador um participante, com seu olhar fluindo constantemente na composição do artista." Felipe Barbosa
"É com imenso prazer que volto a escrever sobre Emanuel Monjardim e sua obra. Por uma simples razão: em seus novos trabalhos eu posso constatar a grande evolução ocorrida nestes últimos anos, Emanuel pertence à atual renovação da Op-art, abreviação de Optical Art, e eu o considero um dos bons artistas do movimento que surgiu ao mesmo tempo nos USA e na Europa, na década de 1960. Os efeitos óticos e visuais buscam fazer com que o fruidor mergulhe no movimento das linhas e cores criadas pelo artista, como os expoentes Victor Vasarely e Almir Mavignier fizeram. Emanuel lida com a ilusão de ótica de maneira magistral e eu admiro muito os efeitos que ele consegue trabalhando com tintas acrílicas e lápis aquareláveis. Eu vejo no seu trabalho, a minúcia e o tratamento equilibrado de cores. Isto faz dele um artista a ser observado com muita atenção." Isis Braga - Membro da ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte.
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