Levi Fernandes Carneiro, jurista e ensaísta, nasceu em Niterói, RJ, em 8 de agosto de 1882, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de setembro de 1971. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, dedicou-se desde cedo à advocacia, que foi sua atividade principal.

Ocupou vários cargos em sua principal área de atuação: foi secretário da delegação brasileira à Conferência Internacional de Jurisconsultos, em 1912; fundador e primeiro presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (1932) e consultor-geral da República, de 1930 a 1932. Como representante das classes liberais, participou da Constituinte de 1934, mas perdeu o mandato em 1937.

Foi membro da Comissão Permanente de Codificação do Direito Internacional Público; delegado do Brasil à VIII Conferência Pan-americana de Lima em 1938 e à Conferência Interamericana para a Manutenção da Paz e da Segurança do Continente em Quitandinha (1947) e a várias outras conferências e congressos internacionais; consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores; membro da Comissão de Codificação do Direito Internacional Público; membro brasileiro da Corte Permanente de Arbitragem de Haia; juiz da Corte Internacional de Justiça em Haia, de 1951 a 1954, sucedendo a Filadelfo Azevedo.

Como escritor, além da literatura jurídica, foi responsável pela Revista Brasileira de 1941 a 1944 e, depois de ser eleito para a Academia Brasileira de Letras em 23 de julho de 1936, ocupando a Cadeira 27, tornou-se presidente da instituição, em 1941.

Sua obra ”O Livro de um advogado” (1943) retrata sua atuação como fundador e 1º Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e do Instituto dos Advogados Brasileiros. No livro “Na Academia”, estão reunidos trabalhos e pronunciamentos referentes às atividades na Academia Brasileira de Letras.

Era membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, membro benemérito do Instituto dos Advogados Brasileiros, da Associação Brasileira de Educação; do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; da Sociedade Brasileira de Direito Internacional; e membro de várias academias internacionais e estaduais.

Recebeu a Medalha Teixeira de Freitas em 1928, conferida anualmente pelo Instituto dos Advogados Brasileiros a figuras exponenciais da advocacia.



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