O artista plástico Rubens Krischke mostra de 13 a 20 de junho de 1989, no Espaço Cultural José Cândido de Carvalho, a retrospectiva de seus 10 anos de carreira. São 25 telas, variando entre óleo e guache, além de desenhos feitos com pilot. Ele apresenta, ainda, alguns quadros em monotipia, sua fase mais recente.

Rubens Krischke é carioca, tem 50 anos e sempre pintou para si mesmo, sem levar a arte a sério. Trabalhava com engenharia até a firma falir, fazendo com que assumisse o artista esporádico. Há um ano mudou-se para Niterói e, nesse curto espaço de tempo, já expôs na Afearte, Funiarte, Banco Itaú (agência Icaraí) e nos bares 100 Querer, Chapéu de Palha e Sakuleja. Uma ascensão meteórica.

"Em Niterói, o campo está mais aberto. Se você corresponder às expectativas, você deslancha. Vivo de pintura hoje porque sempre procuro corresponder à confiança das pessoas e por não perder nenhuma oportunidade".

Seu quadro 'Fragmentos' foi premiado pela Associação Brasileira de Artes Visuais, em março último. Trata-se de um feto morto com seu cordão umbilical, tudo preto e em alto-relevo. O quadro foi adquirido por um colecionador particular e, por isso, não faz parte da retrospectiva. Há um mês, Rubens domina a monotipia, técnica que consiste em espalhar tinta sobre o papel e pressionar com um vidro, criando formas diversas.

São muitas tentativas até se chegar ao desejado. No começo, não se tem controle do que vai sair. Depois, jogo alguma perspectiva e equilíbrio com desenhos geométricos, para não ficar tão abstrato.

Surgem algas, úteros e cordões umbilicais, que acabam refletindo o carinho que sempre recebeu dos pais. Doze quadros nessa técnica podem ser vistos na Funiarte.

Além das constantes exposições, Rubens assumiu recentemente a diretoria de marketing do Grupo Cultural Espaço Livre, dirigido pela pintora Alaide Tosta, que vem debatendo obras de arte e promovendo exposições.


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Publicado em 07/07/2023

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