Casa Norival de Freitas abriu em 19 de julho de 1989 uma exposição de 18 inéditos croquis do artista plástico niteroiense, Antonio Parreiras. Os 18 croquis foram emprestados pelo Museu Antonio Parreiras, que no meio do ano anterior recebeu uma doação de Matilde Teles Barbosa, casada com um descendente do pintor, de 82 croquis que incluíam estudos detalhados de diversas obras do artista feitas, basicamente, na década de 1920, quando estava no auge de sua carreira.
A intenção da diretora do Museu Antonio Parreiras, Amélia Bezerra, com esta exposição, era manter viva a tradição da vida do pintor de sempre fazer questão de expor sua obra no centro de Niterói. Segundo Amélia, os 82 croquis nunca foram expostos devido, primeiramente, as obras do museu, que até bem pouco tempo não ofereciam condições para o evento e, segundo, porque a agenda do museu é feita de forma a servir historicamente a comunidade: "Os meses de férias quase não têm movimento, porque os niteroienses viajam e nos meses seguintes havia um fato que não podia passar em branco para a comunidade: os Cem Anos de Abolição". Mas a diretora assegurava, que depois que os croquis voltassem ao seu lugar de origem, seriam expostos ao lado de algumas das obras permanentes do museu.
Antonio Parreiras registrou, há mais de meio século, em suas obras, os problemas que o mundo vive hoje em relação ao meio ambiente. Amante do verde, viveu uma preocupação como o destino das florestas, que na época, era vista com exótica, pois nem mesmo a serra elétrica existia. Em quadros como a "Arvore Morta", "Ultima Floresta", "O Fogo", "Agonia" e "A Derrubada", ele demonstrava uma preocupação vanguardista, que só nos dias de hoje é possível constatar. Certamente se ele estivesse vivo hoje, seria capaz de vislumbrar o que iria acontecer daqui a algumas décadas, depois de tanta destruição.
A ideia de expor Antonio Parreiras foi de diversos artistas plásticos, do então diretor da Casa Norival de Freitas, Celso Araújo, e do Secretário Municipal de Cultura, Anibal Bragança, que juntos foram solicitar à diretora do Museu uma obra do pintor e segundo Celso Araújo, acabaram recebendo um presente, pois desconheciam a existência dos 18 croquis de obras do pintor. "Foi uma grande surpresa, que está sendo aproveitada pela Casa Norival de Freitas, para abrir as portas, em grande estilo, para as artes plásticas".
Depois de se tornar durante algum tempo, até mesmo, abrigo de mendigos, que chegaram a causar um incêndio em seu interior, a Casa Norival de Freitas - um importante politico niteroiense de expressão nacional - reabriu naquele ano, após uma grande e sofrida reforma, devido a escassez de verbas. Mas para o diretor Celso Araújo, Antonio Parreiras seria apenas o inicio de uma agenda que pretendia contar com diversos artistas nacionais e estrangeiros. "Esse novo espaço cultural está aberto a todos os artistas nacionais e estrangeiros, mas principalmente, para de Niterói", afirmou Araújo.
O acordo do empréstimo dos croquis, feito entre a Casa Norival de Freitas e o Museu Antonio Parreiras, através da Secretaria Municipal de Cultura, inclui dois pontos importantes. O primeiro é o condicionamento do material em molduras adequadas com vidros que não provocassem reflexos, e o outro ponto era quanto à segurança, que foi feita pelo 2º Batalhão da PM, a Guarda Municipal e vigias da Casa Norival de Freitas, que tiveram seu contingente dobrado durante a exposição, além disso, foi feito um seguro nos moldes das transações internacionais deste gênero. A exposição de Antonio Parreiras ficou em cartaz de 19 a 30 de junho, na Casa Norival de Freitas, localizada na Rua Maestro Felício Toledo, 474.
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Publicado em 23/02/2022
A intenção da diretora do Museu Antonio Parreiras, Amélia Bezerra, com esta exposição, era manter viva a tradição da vida do pintor de sempre fazer questão de expor sua obra no centro de Niterói. Segundo Amélia, os 82 croquis nunca foram expostos devido, primeiramente, as obras do museu, que até bem pouco tempo não ofereciam condições para o evento e, segundo, porque a agenda do museu é feita de forma a servir historicamente a comunidade: "Os meses de férias quase não têm movimento, porque os niteroienses viajam e nos meses seguintes havia um fato que não podia passar em branco para a comunidade: os Cem Anos de Abolição". Mas a diretora assegurava, que depois que os croquis voltassem ao seu lugar de origem, seriam expostos ao lado de algumas das obras permanentes do museu.
Antonio Parreiras registrou, há mais de meio século, em suas obras, os problemas que o mundo vive hoje em relação ao meio ambiente. Amante do verde, viveu uma preocupação como o destino das florestas, que na época, era vista com exótica, pois nem mesmo a serra elétrica existia. Em quadros como a "Arvore Morta", "Ultima Floresta", "O Fogo", "Agonia" e "A Derrubada", ele demonstrava uma preocupação vanguardista, que só nos dias de hoje é possível constatar. Certamente se ele estivesse vivo hoje, seria capaz de vislumbrar o que iria acontecer daqui a algumas décadas, depois de tanta destruição.
A ideia de expor Antonio Parreiras foi de diversos artistas plásticos, do então diretor da Casa Norival de Freitas, Celso Araújo, e do Secretário Municipal de Cultura, Anibal Bragança, que juntos foram solicitar à diretora do Museu uma obra do pintor e segundo Celso Araújo, acabaram recebendo um presente, pois desconheciam a existência dos 18 croquis de obras do pintor. "Foi uma grande surpresa, que está sendo aproveitada pela Casa Norival de Freitas, para abrir as portas, em grande estilo, para as artes plásticas".
Depois de se tornar durante algum tempo, até mesmo, abrigo de mendigos, que chegaram a causar um incêndio em seu interior, a Casa Norival de Freitas - um importante politico niteroiense de expressão nacional - reabriu naquele ano, após uma grande e sofrida reforma, devido a escassez de verbas. Mas para o diretor Celso Araújo, Antonio Parreiras seria apenas o inicio de uma agenda que pretendia contar com diversos artistas nacionais e estrangeiros. "Esse novo espaço cultural está aberto a todos os artistas nacionais e estrangeiros, mas principalmente, para de Niterói", afirmou Araújo.
O acordo do empréstimo dos croquis, feito entre a Casa Norival de Freitas e o Museu Antonio Parreiras, através da Secretaria Municipal de Cultura, inclui dois pontos importantes. O primeiro é o condicionamento do material em molduras adequadas com vidros que não provocassem reflexos, e o outro ponto era quanto à segurança, que foi feita pelo 2º Batalhão da PM, a Guarda Municipal e vigias da Casa Norival de Freitas, que tiveram seu contingente dobrado durante a exposição, além disso, foi feito um seguro nos moldes das transações internacionais deste gênero. A exposição de Antonio Parreiras ficou em cartaz de 19 a 30 de junho, na Casa Norival de Freitas, localizada na Rua Maestro Felício Toledo, 474.
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Publicado em 23/02/2022