O Museu de Arte Contemporânea abrigará, em sua rampa de acesso, de 06 de agosto a 11 de setembro, a instalação "Progressão", do artista Felippe Moraes. Com curadoria de Michelle Sommer, a obra é um desdobramento das pesquisas realizadas pelo artista ao longo dos últimos anos sobre a tensão entre a linguagem matemática e o mundo dos fenômenos.
Constituída por 26 bandeiras diferentes, organizadas de maneira a produzir uma progressão de tons passando do preto para o branco, com uma escala gradativa de cinzas entre elas, contendo no centro de cada uma delas a inscrição de uma porcentagem, partindo de 100% preto até 0%, cada uma 4% mais clara. Os tons dos números em si seguirão a mesma proporção, mas de maneira inversa, começando do branco e gradativamente tornando-se pretos.
Com todas as bandeiras em posições estratégicas, frente à paisagem imponente do museu, em frente à Baía de Guanabara, estarão sujeitas às intempéries da natureza, como vento, chuva, Sol, o trabalho se relaciona com arquitetura e paisagem.
A obra possui uma monumentalidade que proporciona um certo desassossego estético pela grandiosidade de uma progressão numérica e tonal de tamanhas proporções e, em especial, frente à paisagem imponente que rodeia o museu. Com tamanha precisão científica e industrial, a obra ganha uma poderosa inquietude por meio da tensão com os aspectos orgânicos e de belezas naturais que poeticamente engolem tudo ao seu redor. O trabalho aceita essa tensão como potência estética, retórica e poética para as relações com a arquitetura e a paisagem. O trabalho ganha força, assim como a arquitetura icônica do museu, pela própria tensão com o espaço que os rodeia.
Os fortes ventos marítimos da região também são muito importantes para o trabalho, permitindo que as bandeiras estejam quase sempre tremulando e revelando a potência estética das progressões numéricas e tonais. Além disso, a sinuosidade da rampa insere uma interessante camada no trabalho, que se enriquece ao contrastar a rigidez numérica e industrial da instalação com o ambiente e as curvas de Oscar Niemeyer.
Cada uma das bandeiras de 70x100 cm será produzida industrialmente em um processo de sublimação sobre poliéster. Serão presas a mastros de madeira de aproximadamente 2m de altura. Estes mastros, por sua vez, serão afixados à estrutura de corrimão da rampa por meio de lacres de plástico (conforme ilustrações no PDF), possibilitando uma afixação segura das bandeiras.
Serviço
"Progressão", Felippe Moraes
Curadoria: Michelle Sommer
Local: Rampa do MAC Niterói
Visitação: 06 de agosto a 11 de setembro de 2016
De terça a domingo, das 10h às 18h.
Abertura: 06 de agosto de 2016
Entrada Franca
Museu de Arte Contemporânea - MAC
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/n – Niterói RJ
Informações: 21 2620 2400 / 2620 2481
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