"A Beth canta bonito, canta forte, canta pra fora e toca lá dentro da gente". (Heitor Pereira, ex-guitarrista do grupo Simply Red, em 1998)

Intérprete consciente de jazz e música brasileira moderna, Beth Bruno é uma das grandes vozes do cenário nacional dos últimos tempos. Com técnica vocal impecável, a cantora enquadra o que há de melhor na arte sul-americana, e já emocionou ao lado de mestres como Gilberto Gil e Djavan.

Formada em Letras pela Universidade Federal Fluminense - UFF, em 1987, Elizabeth de Araújo Marques também estudou Teoria Funcional e Improvisação, na Rio Música, com Sérgio Benevenuto, entre 1985 e 1987. A artista sempre trabalhou com produção e direção de voz em estúdio, e esteve presente na gravação de jingles e na realização de shows como solista e backing vocal.

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Beth iniciou sua carreira no Rio de Janeiro, através de festivais de música, ganhando vários prêmios como intérprete. Cantou ao lado de Ivan Lins, em 1993, e no mesmo ano integrou a banda Batacotô. Em 1994, a artista fez parte do grupo Marcus Miller's Band. Beth também fez parceria com Beto Guedes, em 1984, e com Cláudio Zoli, em 1987. Além de ter acompanhado artistas como Roberto Carlos e Gilberto Gil ao longo de sua carreira, integrou, como vocalista, a turnê do show "Crooner", de Milton Nascimento, entre 1999 e 2000.

A artista participou da comédia musical "Pobre menina rica", no Teatro Cultura Artística, em São Paulo, e no Scala, no Rio, em 1992. No mesmo ano, participou da apresentação "Dois no Jazz", no Teatro Cândido Mendes, também no Rio. A cantora também compareceu ao evento "Quarenta anos do jornal O Dia", no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1992, ao "Tributo a Gonzaguinha" e ao evento "10 Anos sem Elis", no Teatro João Teotônio, no Rio, em 1993. Beth também se apresentou no Free Jazz Festival, que aconteceu em 1994, acompanhando a Marcus Miller's Band e Al Jarreau, no Teatro Hotel Nacional, no Rio, e no Palace, em São Paulo, e no Festival de Jazz de Ipanema, em 1993.

Internacionalmente, Beth esteve no Santa Monica Summer Festival, no Santa Monica Pier, em Los Angeles, EUA, em 1993, e no Festival Internacional de Música de Hatillo, em Caracas, na Venezuela, no ano de 1997.

Arthur Maia e Beth Bruno (1996). Clique para ampliar.
Como backing vocal, Beth participou dos álbuns "Coisa de acender", de Djavan, pela Sony Music, em 1991, e "O eterno Deus mudança", de Gilberto Gil, em 1989, pela WEA. A cantora contribuiu com o álbum "Simples absurdo", de Guinga e Aldir Blanc, pela Velas, em 1991, e teve a oportunidade de gravar os discos "Elas cantam Caetano Veloso", pela Warner/Continental, em 1994, "Além do horizonte", pela EMI, em 1995, e "Songbook Antônio Carlos Jobim", pela Lumiar Discos, em 1996. A artista também participou dos discos "Djavan - Ao Vivo", volumes 1 e 2, pela Sony Music, em 1999, como vocalista.

Seu CD solo, Luz, produzido por Paulinho Guitarra, foi lançado pelo selo Niterói Discos, em 2000. No trabalho, Beth optou neste disco por uma concepção musical que privilegia o simples. A simplicidade trazendo toda uma ideia de sonoridade, espeço e suavidade.

Sua voz integrou a trilha sonora do curta-metragem de animação "Janela para o cinema", de Quiá Rodrigues, cantando a música "Rainbow's end", composta por Ed Motta, com letra de Ronaldo Bastos, que foi lançado no festival Anima Mundi, de 1999.

Em 2012, subiu ao palco do Teatro Municipal de Niterói, quando encantou a palateia com clássicos dos Beatles e uma homenagem especial ao compositor e cantor Geraldo Vandré. Em 2015, a artista participou do Projeto Niterói Discos, que homenageia artistas que já gravaram pelo selo da Prefeitura de Niterói.








Depoimentos
    "Beth é uma das melhores revelações dos últimos tempos, intérprete consciente de jazz e música brasileira moderna." (José Domingos Raffaelli, O Globo, 1992)

    "A Beth canta bonito, canta forte, canta pra fora e toca lá dentro da gente." (Heitor Pereira, ex-guitarrista do grupo Simply Red, 1998)

    "[...] Ela é uma das melhores cantoras que eu tive o privilégio de ouvir. Não importa que eu não fale uma só palavra de português, na voz dela eu sinto seu calor, honestidade e paixão." Bibi Green, coordenadora de produção de Marcus Miller, 1998)

    "[...] Entre as muitas qualidades que ela possui, o que me impressiona, especialmente, é a beleza tímbrica de sua voz. Ela é uma das raras cantoras brasileiras que, mesmo dona de uma maravilhosa técnica vocal, nos faz sentir como se o cantar fosse realmente a coisa mais natural do mundo. Afinação impecável, ela divide a palavra com a propriedade das grandes cantoras internacionais." (Marco Pereira, violonista, 1998)

    "[...] Sua voz soa como um instrumento super afinado, com interpretações sempre cheias de emoção, novas ideias e improvisações altamente musicais. Sou fã da Beth Bruno (eu e os músicos do Rio!)." (Leo Gandelman, saxofonista, 1992)

    "[...] Todo músico sabe que seu primeiro instrumento é a própria voz, mas para utilizá-la como tal, é necessário grande dose de talento e dedicação. Beth Bruno faz isso com uma naturalidade impressionante, comparável aos grandes instrumentistas. Isso, sem dúvida, a torna uma das melhores cantoras com quem tive o prazer de trabalhar." (Nico Assumpção, baixista, 1992)

    "Conheço Beth Bruno tempo o suficiente para cobrar de nós dois um disco à altura da minha experiência e do talento dela. Fico feliz que nossas viagens fonográficas terem se cruzado numa estação" (Mayrton Bahia, produtor fonográfico, 1998)

    "Essa voz vai te manter aquecido. É uma sensação de amor íntimo, com essa performance tipicamente brasileira, sul-americana ou "Bethiana"[...]. Entre nesse clima íntimo e "blue"[...] A música "De outros tempos" te faz descobrir o sentido das palavras, através de uma emocional voz feminina, excelente a tal ponto que eu me recuso a descrevê-la. Alguns podem amá-la, outros não. Pequena, até mínima dose de arranjo, para aqueles que sempre estão interessados em algo novo, em ouvir grandes músicas e lindas canções de toda parte do mundo. Beth Bruno te conduz através de uma sensação sonora sul-americana, e também te mantém calorosamente envolvido ao mesmo tempo em melancolia e ensolarada imaginação e integração emocional." (Crítica da música "De outros tempos", lançada pelo selo Niterói Discos, publicada pela Strehl Music, em 29/02/2004)




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Publicado em 02/05/2014

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