O Museu Janete Costa de Arte Popular, em parceria com o Centro Cultural Visconde de Mauá (CCVM), abre suas portas para a exposição "Natureza e Sobrenatureza na obra de Jorge Brito", uma homenagem aos 80 anos do artista. Com curadoria de Wallace de Deus, a mostra, que fica aberta à visitação até 30 de junho de 2015, apresenta obras esculpidas em pedaços de madeiras de arvores recolhidas na mata e beiras de rio da vila de Visconde de Mauá, na região serrana de Resende, no Estado do Rio de Janeiro.
Troncos, raízes e galhos retorcidos dão forma a esculturas policromadas de pássaros, peixes, cobras, lagartos, além de "seres de outro mundo", bichos estranhos ou indefinidos que habitam o imaginário do artista.
Jorge Brito nasceu em Visconde de Mauá, no dia 1º de abril de 1935, um sábado de Aleluia. Seu primeiro trabalho foi comprado em 1983, por Rubem Gershman. Em 1985 trabalhou como pedreiro na casa do artista plástico Roberto Magalhães, no Vale das Flores - região próxima a Vsconde de Mauá. Começou então a usar tintas nos trabalhos, incentivado pelo artista.
Num pequeno barraco do Lote 10, à beira da estrada, Jorge trabalha e expõe o que faz. Muitas de suas peças já foram levadas para diversos estados do Brasil e tantas outras para o exterior, como Londres, Paris e Nova York".
Aos 80 anos e no auge de de sua produção, Jorge Brito é mestre do folclore, canta, dança, recita toca viola, conta causos, mateiro, benzedor, pedreiro, poeta, escultor, sucinta em suas peças o modo de vida descrito a partir da chamada cultura caipira ou cultura do sitiante tradicional, caracterizada por famílias com relações de produção e consumo baseadas na reciprocidade, na ajuda, na instituição do mutirão, no uso de simbolismos da floresta e na realização de festas religiosas.
Seu Jorge, como gosta de ser chamado, já expôs em lugares destacados como a Galeria Cândido Portinari (UERJ), Museu do Folclore Edson Carneiro (CNFCP), Museu de Arte Moderna (MAM de Resesnde) e no próprio Centro Cultural Visconde de Mauá.
No Brasil, as artes populares e as produzidas pelos povos tradicionais, não receberam ainda o devido reconhecimento no campo das artes, assim como seus conhecimentos não têm sido valorizados como deveriam em museus e galerias. Daí a importância desta exposição no Museu Janete Costa, que tem como foco as artes populares e tem hospedado obras de uma grande diversidade de artistas.
Segundo Wallace de Deus, que além de curador da mostra é diretor do Museu, o artista, que também é Mestre em Folia de Reis, "expressa por meio de sua obra, um contagiante encantamento pela vida, pela natureza (de onde vem a maior parte de sua inspiração) e pela sobrenatureza, geradora de seus "seres de outro mundo".
Serviço
Exposição "Natureza e Sobrenatureza" na obra de Jorge Brito
Data: De 28 de abril a 30 de junho de 2015
Horário: Terça a domingo, de 10 às 18h
Entrada franca
Classificação etária: Livre
Local: Museu Janete Costa de Arte Popular - MJCAP
Endereço: Rua Presidente Domiciano, nº 178-182, Boa Viagem, Niterói-RJ
Informações: (21) 3617-7736
Tags:
Publicado em 19/04/2015
Troncos, raízes e galhos retorcidos dão forma a esculturas policromadas de pássaros, peixes, cobras, lagartos, além de "seres de outro mundo", bichos estranhos ou indefinidos que habitam o imaginário do artista.
Jorge Brito nasceu em Visconde de Mauá, no dia 1º de abril de 1935, um sábado de Aleluia. Seu primeiro trabalho foi comprado em 1983, por Rubem Gershman. Em 1985 trabalhou como pedreiro na casa do artista plástico Roberto Magalhães, no Vale das Flores - região próxima a Vsconde de Mauá. Começou então a usar tintas nos trabalhos, incentivado pelo artista.
Num pequeno barraco do Lote 10, à beira da estrada, Jorge trabalha e expõe o que faz. Muitas de suas peças já foram levadas para diversos estados do Brasil e tantas outras para o exterior, como Londres, Paris e Nova York".
Aos 80 anos e no auge de de sua produção, Jorge Brito é mestre do folclore, canta, dança, recita toca viola, conta causos, mateiro, benzedor, pedreiro, poeta, escultor, sucinta em suas peças o modo de vida descrito a partir da chamada cultura caipira ou cultura do sitiante tradicional, caracterizada por famílias com relações de produção e consumo baseadas na reciprocidade, na ajuda, na instituição do mutirão, no uso de simbolismos da floresta e na realização de festas religiosas.
Seu Jorge, como gosta de ser chamado, já expôs em lugares destacados como a Galeria Cândido Portinari (UERJ), Museu do Folclore Edson Carneiro (CNFCP), Museu de Arte Moderna (MAM de Resesnde) e no próprio Centro Cultural Visconde de Mauá.
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Fotos de Leo Zulluh |
No Brasil, as artes populares e as produzidas pelos povos tradicionais, não receberam ainda o devido reconhecimento no campo das artes, assim como seus conhecimentos não têm sido valorizados como deveriam em museus e galerias. Daí a importância desta exposição no Museu Janete Costa, que tem como foco as artes populares e tem hospedado obras de uma grande diversidade de artistas.
Segundo Wallace de Deus, que além de curador da mostra é diretor do Museu, o artista, que também é Mestre em Folia de Reis, "expressa por meio de sua obra, um contagiante encantamento pela vida, pela natureza (de onde vem a maior parte de sua inspiração) e pela sobrenatureza, geradora de seus "seres de outro mundo".
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Serviço
Exposição "Natureza e Sobrenatureza" na obra de Jorge Brito
Data: De 28 de abril a 30 de junho de 2015
Horário: Terça a domingo, de 10 às 18h
Entrada franca
Classificação etária: Livre
Local: Museu Janete Costa de Arte Popular - MJCAP
Endereço: Rua Presidente Domiciano, nº 178-182, Boa Viagem, Niterói-RJ
Informações: (21) 3617-7736
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Publicado em 19/04/2015