De 24 de maio de 2016 a 30 de janeiro de 2017, o Museu Janete Costa de Arte Popular recebe a exposição "A Arte dos Mebengôkre Kayapó". Com curadoria de Wallace de Deus Barbosa, professor da Universidade Federal Fluminense - UFF, a mostra conta com aproximadamente 50 itens do acervo etnológico do Museu do Índio - FUNAI. Entre esses itens estão máscaras, cestarias, adornos plumários,esculturas, cerâmicas, vídeos e fotografias. A entrada é gratuita e o museu está aberto ao público de terça a domingo, das 10h às 18h.

Os Kayapós (ou caiapós) são índios que vivem em uma extensa área localizada nos estados do Mato Grosso e do Pará, ao longo dos afluentes do rio Xingu. Suas principais atividades são a caça, a pesca e o roçado. Eles falam a língua jê - O número de kayapós que fala o português varia de acordo com o grau de contato ou isolamento de cada tribo - e se caracterizam pelas pinturas corporais, o uso de plumagens e de botoques nos lábios e orelhas.

A origem do termo "kayapó" é controversa. Segundo algumas fontes, quer dizer "aqueles que se parecem com macacos" e teria sido inventada por indígenas de outras etnias para identifica-los. Essa versão se deve a um ritual que os caiapós fazem usando máscaras de macacos. Prevalece entre os dicionaristas, no entanto, a conclusão de que a palavra vem do tupi "kaia'pó", que significa "o que traz fogo na mão, incendiário". Já os próprios Kayapós se referem a si mesmos como os mebêngôkre, que significa "homens do poço-d'água".

Os registros dos primeiros contatos do homem branco com eles aconteceram no final do século XIX e mostram que os cerca de 7 mil índios se dividiam em três grupos, os Irã'ãmranh-re ("os que passeiam nas planícies"), os Goroti Kumrenhtx ("os homens do verdadeiro grande grupo") e os Porekry ("os homens dos pequenos bambus"). Destes, descendem os sete subgrupos kayapó atuais: Gorotire, Kuben-Krân-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Mekrãgnoti, Metyktire e Xikrin.

Segundo dados do Instituto Socioambiental (ISA), em 2010 eles somavam 8.638 indivíduos. A maioria das relações que datam do período da descoberta e da exploração da Amazônia nos mostra que, ao contrário da grande maioria das tribos indígenas, os Kayapó não viviam concentradas ao longo do curso dos grandes rios navegáveis. Atualmente, o quadro permanece o mesmo (eles vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu). ão

Esta mostra compartilha o espaço do Museu Janete Costa de Arte Popular com outras 2 exposições: Espelho Quebrado e Nosso Trajeto, Nossos Caminhos, que também estão abertas para visitação de 24 de maio a 30 de setembro.





Serviço

Exposições: "A Arte dos Mebengôkre Kayapó"
Visitação: de 24 de maio de 2016 a 30 de janeiro de 2017
Horário: das 10h às 18h, de terça-feira a domingo.
Classificação: livre
Entrada Franca

Local: Museu Janete Costa de Arte Popular
Endereço: Rua Presidente Domiciano, nº 178-182, Boa Viagem, Niterói-RJ
Informações: (21) 3619.0820








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