Primeira edição do projeto "Niterói em cores" vai ressignificar uma das principais vias da cidade

Niterói está prestes a receber a maior ocupação de grafite já feita na cidade. Realizado pela Prefeitura de Niterói, o projeto "Niterói em cores" aprovou cerca de 33 projetos, com cerca de 70 artistas, que irão preencher de arte o túnel Raul Veiga, que liga os bairros de Icaraí e São Francisco. Ao todo, os 750 metros de extensão do lado esquerdo da via se tornarão um símbolo da arte urbana niteroiense. O projeto, que é uma iniciativa da Fundação de Arte de Niterói (FAN), faz parte do Arte na Rua e já começa a ser produzido na madrugada da quinta-feira, 04 de julho (com início às 22h30, do dia 03).

"O projeto Niterói em Cores vai transformar os espaços do nosso cotidiano que geralmente passam despercebidos em verdadeiras galerias de arte. Esta será a maior ação de grafite já realizada em Niterói. Nesta primeira etapa, o projeto contará com mais de 70 artistas niteroienses atuando simultaneamente, colorindo o túnel que liga Icaraí a São Francisco. A intervenção artística cobrirá mais de 750 metros de extensão, totalizando mais de 1500 metros quadrados de arte urbana", destaca a presidente da FAN, Micaela Costa.

Com foco em promover a ressignificação de espaços do município através do grafite, foram selecionados artistas que já têm intervenções "carimbadas" nos muros de Niterói. O mapeamento percorreu os bairros da cidade e convidou, ao todo, 33 artistas grafiteiros de diversas classes sociais, localidades, com idades entre 18 e 55 anos, homens, mulheres, brancos, indígenas, negros, LGBTQiA+.

Os participantes selecionados são Akuma, Aila Ailita & Prema, Amphos Marlon, André Alves e Lya Alves, AP Stelling, Blunt, Cibelle Arcanjo, Coé, Dani c2 o lindo, Dark, Davi Baltar, Desirée, Dias, Fernando TED, Gut & Rine & Tosh, IORI, KduArt, MAC, Marcelo Melo, Marcos Alfa, MAT2OS, Max, Oren, Pazsaro, Ravi, Refi, Robinho, Taro e Thúlio Monteiro.

Cada um recebeu um espaço de 40m² do túnel Raul Veiga, que faz a ligação entre os bairros de São Francisco e Icaraí. O projeto de cada grafiteiro é de livre escolha artística, desde que apresente um produto cultural livre de quaisquer abordagens de cunho político ou intolerante. Alguns artistas realizarão layouts em conjunto. A previsão é que a intervenção seja concluída no domingo, 07.

Arte urbana – A história do grafite no Rio de Janeiro começa ainda na década de 1980. Na época, os artistas Ema, Eco e Akuma foram pioneiros e, até hoje, são referência entre os grafiteiros mais jovens. Além deles, Aila Ailita é considerada a primeira mulher grafiteira do Estado.

"Esse projeto da Prefeitura valoriza uma expressão cultural que é muito presente na cidade. Niterói tem muitos artistas, muitos grafiteiros e grafiteiras, e poder expor o nosso trabalho em uma das ruas mais movimentadas da cidade é uma forma do público nos conhecer e valorizar a nossa arte. Também é um encontro das grafiteiras e grafiteiros, antigos e novos, através do mapeamento feito pelos artistas em conjunto com a FAN", explica Aila Ailita.


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Publicado em 02/07/2024

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