O espetáculo "Reator", uma obra com criação, direção e atuação de Walney Costa, chega ao Teatro popular Oscar Niemeyer na quinta-feira, 1º de fevereiro, às 20h . Desfilando personagens poéticos, históricos e atuais, num solo para o século XXI, o texto reflete temas da atualidade, como democracia, guerra e amor. A classificação indicativa é de 12 anos e a entrada é franca.

Recuperando a atitude do ator John Wilkes Booth, que no dia 14 de abril de 1865, dentro de um teatro, atirou no Presidente dos EUA, Abraham Lincoln, a peça propõe a reflexão sobre a vontade de poder do ser humano enquanto artista e do artista enquanto cidadão.

Walney Costa estabelece um paralelo entre a simplicidade de sua vida e a ambição épica de Wilkes. Com a liberdade poética, concedida pela arte, o ator interage com público com um humor derrisório e linguagem confessional. "Quem, em algum dia, não teve vontade de matar um presidente? Um crime representado no teatro pode ser mais cruel que na vida real", afirma Walney sobre seu primeiro trabalho solo.

O texto estabelece um paralelo entre a humildade do intérprete e a ambição do personagem, desfilando figuras poéticas, históricas e atuais. Além de levantar questionamentos necessários e vigorosos sobre a democracia que praticamos; os teatros que fazemos e os papéis que desempenhamos na vida e na cena, ajudam a construir a dialética e são o fio condutor da dramaturgia de "Reator".

Walney Costa
Dramaturgo, diretor e ator, o gaúcho de Triunfo, Walney Costa, estreou nas artes cênicas como ator em 1981, em Porto Alegre, com "O Maravilhoso Mundo do Circo" de Euclides Dutra de Morais. Foi indicado ao Prêmio Açorianos e considerado o melhor ator do ano pelo Jornal Zero Hora. No ano seguinte, protagonizou a peça de Marat-Sade de Peter Weiss, que ganhou em Montevidéu o prêmio de Melhor Espetáculo Internacional do Festival Florêncio.

Mudou-se para o Rio de Janeiro e em 1985 atuou na montagem da peça Bailei na Curva, de Julio Conte, que recebeu o prêmio Mambembe de "Melhor Espetáculo Representante do Brasil no FITEI, Portugal. Em 1992, durante o congresso América 92 realizado na UFRJ, foi diretor de "A Tragédia do fim de Atawallpa" (uma peça Inca de 1508 encontrada em 1955 pelo escritor Boliviano Jesus Lara), com Joãozinho Trinta e Grande Otelo elenco.

Entre 1993 e 1994, atuou no Teatro Oficina em São Paulo e no Parque Lage no Rio de Janeiro, aonde interpretou Rei Cláudio em Ham-Let, de Shakespeare, direção de Zé Celso Martinez Corrêa. Anos depois, em 2001, participou da re-encenação deste mesmo texto, para o Festival Teatro Oficina.

Ao lado de Paulo Autran conduziu a cena do projeto Espetáculo Som e Luz, da Fundação Roberto Marinho, no Museu Imperial de Petrópolis, em um filme de direção de Ricardo Nauenberg. Hoje, Walney Costa reside em Porto Alegre.

SERVIÇO
Reator
Data: Quinta-feira, 1 de fevereiro
Horário: 20h
Entrada franca
Classificação: 12 anos
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer
Endereço: Av. Jornalista Rogério Coelho Neto, s\n, Caminho Niemeyer.
Centro, Niterói - RJ, CEP: 24.020-011




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Publicado em 03/02/2018