Trazendo na bagagem a diversidade regional brasileira e um repertório totalmente autêntico, Helder Garcia, o Jakaré, é percussionista autodidata e já se apresentou ao lado de grandes nomes da música, como Vanessa Rangel, Jamelão, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Altay Veloso, Leni Andrade e do astro internacional Bon Jovi.

Nascido em Laje do Muriaé, Jakaré teve seu primeiro contato com a música aos oito anos. Foi com Dona Antonieta, maestrina da banda Lira da Esperança, que o artista aprendeu as primeiras notas e a tocar trompete e sax shorn. Muito curioso, ainda pequeno, o músico participava da roda de caxambú, que, misturado ao jongo, era tocado aos domingos na praça da cidade. Jakaré também seguia as folias de reis e, no carnaval, tocava na escola de samba Unidos do Rosário, onde tinha liberdade para experimentar todos os instrumentos.

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Aos 17 anos, o artista entrou para Escola de Música Villa Lobos, onde estudou por um ano, até precisar sair para servir à aeronáutica. Autodidata, por oito anos, Jakaré se dividiu entre a vida militar e as bandas de música e fanfarra, onde tocava trompete.

Apenas 1987, fora das Forças Armadas, Jakaré iniciou a carreira profissional como percussionista. Junto ao grande cavaquinista Hernani Valente, tocou em festas e bares, e teve a oportunidade de conhecer Veríssimo, o primeiro cantor com quem trabalhou. Em seguida, sua carreira se abriu para as parcerias com Marcos Lima, Marvio Ciribelli e Vanessa Rangel.

Em 1990, o percussionista entrou para banda Belém, que fez um grande sucesso no auge da lambada. No ano seguinte, foi convidado para tocar com o cantor Emílio Santiago. Na sequência, Jakaré trabalhou com muitos outros artistas, como Altay Veloso, Leila Pinheiro, Vatusi, Amelinha, Tania Alves, Orlando Morais, Simone, Arthur Maia, Banda Original (Vitória Régia), Bon Jovi, Sidney Magal, Gal Costa e tantos mais.

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O artista entrou em estúdio em 2004 para gravar pelo selo Niterói Discos o CD Aviso de um Brasileiro, trabalho que apresenta ao público a vasta e rica cultura brasileira. Rotulado "regiopop" pelo próprio instrumentista, o disco, segundo suas próprias palavras, "reflete a nossa cultura, nosso folclore, nossos ritmos, nossa música, nosso Brasil". Jakaré assina a produção e a direção musical.

"São musicas de minha autoria, onde falo da minha terra e das pessoas com quem vivi e da musica que aprendi, pois essa música é a minha raiz, de onde tiro todas as minhas inspirações. São ritmos pouco tocados no Brasil de hoje, mas que fazem parte da grande diversidade musical que temos e que estão quase esquecidos, tais como xote, mineiro páu, galope, folia de reis, calango, côco, caxambu (jongo) e outras misturas", comenta Jakaré.

Ao longo de sua carreira, o músico também participou de vários programas de TV e de diversos festivais, como o Festival de Jazz de Montreaux, Festival de Lugano, Festival de Zurique, Rock in Rio, Festival Internacional de Jazz de Barcelona, Festival Viva Afro Brasil, além de muitos outros.



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Publicado em 02/08/2013

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