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O pintor, professor, pesquisador e historiador de arte Israel Pedrosa, 89 anos, faleceu no último domingo, 07 de fevereiro de 2016.

Pedrosa se consagrou como o criador da "Cor Inexistente" (1966), uma profunda e científica pesquisa sobre arte e a teoria das cores, abordando Da Vinci, Newton, Goethe, Maxwell e tantos outros gênios das artes e da literatura. Essa obra foi lançada em 1977 e hoje já está na sua décima edição como um verdadeiro tratado histórico para todos aqueles que se dedicam à pesquisa e às artes.

Mais que um cientista das artes, Pedrosa era um professor, um artista, um pesquisador, um mestre, um gênio. Reconhecido e respeitado pela crítica, pelos historiadores e artistas do mundo inteiro.

Nascido em Alto Jequitibá (MG), em 1926, Pedrosa escolheu a cidade de Niterói (RJ) para viver. “Em Niterói, consigo produzir e trabalhar”, dizia o mestre, que, em 1994, recebeu o título de "Cidadão Honorário de Niterói".

Também mereceu destacadas honrarias nacionais e internacionais, como o Prêmio Thomas Mann, instituído pela Embaixada da República Federal da Alemanha, e o Prêmio Destaque Hilton de Pintura.

Discípulo de Candido Portinari, cursou a Escola Superior de Belas Artes de Paris entre 1948 e 1950. Foi o fundador da cadeira de História da Arte na Universidade Federal Fluminense – UFF (1963) e consultor ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1986).

Citado em ampla biografia sobre arte brasileira, Pedrosa é também autor dos livros: "Da cor à cor inexistente" (1977), "O Brasil em cartas de tarô" (1991), "O universo da cor" (2003) e "Na contramão dos preconceitos estéticos da era dos extremos" (2007).

Vários de seus trabalhos estão em acervos de museus como o Nacional de Belas-Artes, nos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo, no MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e no MAB-FAAP – Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado.

"A cidade de Niterói perde um dos seus moradores mais ilustres. A morte de Israel Pedrosa deixa um grande vazio no meio artístico, acadêmico e científico, mas fica o grande legado de sua história, de sua criação e de sua genialidade", ressalta o secretário de Cultura, Arthur Maia.

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