João Carlos de Almeida Sampaio nasceu em Niterói no dia 24 de maio de 1941, e foi um político, arquiteto, urbanista e professor da Universidade Federal Fluminense – UFF. Desde cedo teve uma trajetória política muito marcante e sempre entrelaçada com a atividade de arquitetura, assim como a preocupação com os movimentos populares: era militante ativo no diretório acadêmico de arquitetura da Universidade Federal Fluminense. Além disso, participou da fundação do PDT, em Niterói, logo depois do retorno de Leonel Brizola do exílio em 1979.
No período em que exerceu a carreira política, foi responsável pelas principais transformações pelas quais Niterói passou nos anos 90. Foi Secretário de Urbanismo e Meio Ambiente entre os anos de 1989 e 1992, período este em que coordenou a elaboração do Plano Diretor, que, junto com outros projetos urbanos, transformaram radicalmente a fisionomia da cidade.
Em 1992 foi eleito Prefeito de Niterói diretamente no primeiro turno, exercendo o mandato entre os anos de 1993 e 1996, e, em 1998, chegou a ser deputado federal. Em agosto de 1999, foi licenciado para exercer o cargo de secretário de Programas Estratégicos para, em seguida, assumir a Secretaria de Cultura do Estado do Rio, retornando ao Congresso Nacional em fevereiro de 2000.
Enquanto prefeito de Niterói, desenvolveu um governo marcado pela participação popular. Dentre as principais contribuições de sua ocupação política no desenvolvimento da cidade de Niterói, podem ser citadas a inauguração do Museu de Arte Contemporânea (MAC) e do Terminal João Goulart, além da duplicação da Avenida Visconde de Rio Branco e acessos para Pendotiba e para a Região Oceânica.
Em 2003, após o fim de seu mandato como deputado federal, João Sampaio retomou sua carreira como arquiteto e como professor universitário, abrindo seu próprio escritório de arquitetura. Em 2011, tornou-se subsecretário de Estado de Desenvolvimento Regional do Rio de Janeiro, função que exerceu até maio daquele ano, além de ser assessor especial do gabinete do secretário Felipe Peixoto, na secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado do Rio de Janeiro. Morreu em casa, aos 70 anos, após uma dura batalha contra um câncer de pulmão.
Crítica
"Mais do que um companheiro de lutas políticas, perdi um irmão. João era um exemplo de competência, honestidade, brilhantismo e sobretudo de lealdade. Quando eu falo isso, não é porque ele morreu, não. Sempre disse isso pra ele, em todas as oportunidades. João foi uma das pessoas mais extraordinárias que Niterói produziu. Ele é insubstituível. Lamento como irmão, companheiro e como niteroiense" (ex-prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira).
“Ele deixou um exemplo de competência, integridade, honestidade, brilhantismo. Sobretudo ele deixou um exemplo de lealdade. João era leal não apenas aos amigos,seus companheiros, mas leal e coerente com suas ideias. Ele foi inquestionavelmente um dos maiores niteroienses que essa cidade já teve. Foi uma das pessoas mais brilhantes nascidas aqui. Ele deu contribuições a essa cidade inestimáveis. E dizem que não existe ninguém insubstituível, mas o João é insubstituível. E eu repetia isso com ele vivo nas várias campanhas que participamos porque ele era um exemplo a se seguir. Fico muito orgulhoso de ser amigo dele. Era como se fosse um irmão. É uma pena que ele tenha ido quando ainda tinha muita contribuição a dar” (ex-prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira).
“João era uma pessoa incrível, um político leal e foi um ótimo prefeito. Ele participava do dia a dia da cidade. Estava sempre presente na prefeitura, fiscalizava pessoalmente as obras, aberto ao diálogo e comprometido com aquilo que assumia. Era uma pessoa a quem recorria quando tinha dúvidas sobre qual caminho seguir. É uma grande perda” (deputado e secretário de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto).
“João era como um irmão. O legado que ele deixa vai muito além das obras que realizou. João foi um exemplo de político. Seu respeito pela coisa pública, sua habilidade na condução dos problemas foram suas características mais marcantes. No momento em que precisamos de boas referências na política, posso dizer que João é um exemplo a ser seguido” (Sérgio Marcolini).
“João foi um grande companheiro político por 31 anos. Conheço-o desde a fundação do PDT. Sempre amigo, com uma palavra de conciliação. Nunca levantou a voz para ninguém. Foi um bom prefeito. Político dedicado. Como diz o ditado: boas pessoas não morrem, encantam” (Carlos Lupi).
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