Frederico Martins nasceu a 14 de junho de 1970, em Niterói. Cursou Harmonia e Improvisação com Sérgio Benevenuto, de 1988 a 1991, Contraponto e Composição com Hans Joachin Koellreuter, de 1992 a 1994, e Arranjo com Ian Guest, em 1995.
Integrou o Grupo de Violões da Universidade Federal Fluminense - UFF, Niterói, 1986, com Francisco Frias, Fábio Nin, Fernando Caneca, Quequê Medeiros e Ricardo Mansur. Em 1992 Fred Martins
gravou um vinil pelo Selo Niterói Discos com canções como "Feito e Dito", "Noite de São João" e o "O pulôver". Entre os trabalhos em parceria, destacam-se os realizados com Nelson Xavier e Via Negromonte no CCBB, Rio de Janeiro, 1997; com Alberto Caeiro, Niterói, 1991; e com Lucina, Niterói, 1997.
Participou, em 1997, da coletânea "O Ovo" (RioArte/Dubas), que reuniu uma nova geração de compositores e cantores cariocas. Em 1999, sua canção "Novamente" (com Alexandre Lemos) foi incluída no CD "Olhos de farol", de Ney Matogrosso, e fez parte da trilha sonora do seriado "Mulher" (Rede Globo).
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Entre as prinicipais apresentações das quais participou, destacam-se aquelas realizadas no show comemorativo dos 40 anos da Bossa Nova na Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, 1998, e Mistura Fina, Rio de Janeiro, no mesmo ano.
Depois de uma longa trajetória de formação, que conta com dez anos transcrevendo partituras para os Song Books produzidos por Almir Chediak (como os de Tom Jobim, Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros), Fred Martins é reconhecido através de suas composições em parcerias com Marcelo Diniz, Lucina e Manoel Gomes.
Em 2001, Zélia Duncan gravou no CD "Sortimento" suas composições "Flores" (com Marcelo Diniz) e "Hóspede do tempo", parceria de ambos. Também nesse ano, lançou o CD "Janelas", contendo suas canções "Tempo afora", "Flores", "A chave", "Quero mais", "Não só pela chuva" e a faixa-título, todas com Marcelo Diniz, "Novamente" (com Alexandre Lemos), "996" (com Manoel Gomes), "Domingo e feriado" (c/ Suely Mesquita), "Uma simples canção" (c/ Manoel Gomes) e "O bastante" (c/ Roberto Bozzetti), além de "Fulô da maravilha" (Luiz Bandeira). O disco foi produzido por Rafael Ramos e contou com a participação de Marcos Suzano, Jurim Moreira e Fábio Fonseca.
Lançou, em 2004, o CD "Raro e comum", contendo suas composições "Telefonema", "Céu acima", "Todo mundo diz", "O samba me diz", "Sem você", "Sem horizonte", "De novo" e a faixa-título, todas com Marcelo Diniz, "Pescaria" (com Lucina) e "Cristalino", além de "A música em mim" (Lucina e Lenita Lopez). O disco foi produzido por Patrícia Ferraz e contou com a participação de Ney Matogrosso (na faixa "Raro e comum") e Zélia Duncan (na faixa "A música em mim"), e dos músicos Marcos Suzano e DJ Marcelinho Da Lua. Também nesse ano, sua composição "Tempo afora" foi gravada no CD "Vagabundo", de Ney Matogrosso e Pedro Luís e A Parede.
Venceu, em 2006, o 9º Prêmio Visa de Música Brasileira/Edição Compositores e, como parte da premiação, gravou pela Eldorado o CD “Tempo afora”, lançado no ano seguinte.
Em 2008, lançou o DVD “Tempo afora”, uma parceria da gravadora Eldorado com o Canal Brasil, gravado ao vivo na casa Bourbon Street (SP), com direção de Paulo Henrique Fontenelle e a participação dos músicos Chico Chagas (acordeom), Fernando Caneca (guitarra) e Victor Bertrami (bateria). Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do DVD na casa Cinemathèque Jam Club (RJ), tendo a seu lado os músicos Alex Rocha (baixo), Fernando Caneca (guitarra) e Victor Bertrami (bateria).
crítica
"(...)Num mês em que a música brasileira teve participação pequena entre os LP’s mais estrelados pelo Júri B — foram três entre os dez —, a maior surpresa é a presença do disco Fred Martins, do compositor e violonista Fred Martins, seu primeiro trabalho pela Niterói Discos. As músicas têm bons arranjos, e letras entre a poesia delicadamente lírica (Guanabara) e a impetuosamente engraçada, como em O pulôver." LULA BRANCO MARTINS, 1992.
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