Nasceu em Lagoa do Abaeté, Salvador (BA), em 1974, sendo criado em Pindamonhangaba (SP) e radicado em Niterói (RJ), em 1993. Sua inclinação para a carreira musical começou já aos três anos, quando se apresentava, com sua irmã (na época, com cinco anos), na Assembleia de Deus de Pindamonhangaba, onde seu pai era pastor.
Aprendeu a tocar flauta doce na infância e, em 1989, ainda na Assembleia, começou a tocar saxofone de maneira autodidata, devido ao fato de que, na época, a igreja só contava com professores de teoria musical. Apresentava-se tocando marchas e músicas folclóricas do hinário religioso e, também nesse período, chegou a fazer parte do grupo vocal Amália Franco na instituição espírito-kardescista Casa Transitória Fabiano de Cristo, também em Pindamonhangaba.
Em 1997, já em Niterói, cantou na Igreja Operação Resgate, onde também teve aulas de técnica vocal e canto lírico e popular com a cantora Gilce de Paula, integrante do grupo Ébano. A partir de 2002/2003, deixou para trás sua fase evangélica e passou a se aventurar pelo universo do Pop/Rock com a banda Fusca 77 e, no estilo Hard Metal, participou da banda “Astronauta” e do grupo “Revoltrio” (este com Pablo Carioca, Xuxa Batera e Wallace Crew Bizarro).
Voltou a tocar saxofone na banda “Uneversos”, em 2008, época em que ganhou sua primeira palheta do músico Zé Canuto, por quem nutria grande admiração. Fez apresentações solo e sem acompanhamento no bar Tribo de Niterói, além de fazer pequenas participações em shows de várias bandas de Niterói, como o grupo “The Doses”, de Claudio Schot, grupo com o qual fez sua primeira “canja”. Também fez “freelas” em shows de artistas como “Claudio Salles e os @lliens” (Pop), Patrícia Brito (Samba e MPB), “Via Jah”, “Pedra Dub” e “Rootscidade”, entre outros. Chegou a integrar a banda “Ataara”, que depois veio a se chamar “Yaga Dub”, de Thiago Benevides.
Com os músicos Raphael Campelo, Kadu Rennó, Júlio Outeiral e Piu, constituiu a banda “Móssom”, tocando música instrumental com influências que iam do Jazz ao Fusion. Integrou e batizou a banda “Pelicano Negro”, com Paulo Betto Meirelles , Luizinho Alves , Vinícius Figueiredo, Lucas Castelo branco, Hélio Valente e Marco Lyrio, ingressando, na mesma época, no “Corujão da Poesia”.
Tornou-se saxofonista, flautista doce e EWI player da banda “O Divã Intergaláctico”, composta também por Gabriel Calderon (vários instrumentos e vocal), Thais Gallart (piano, órgão e vocal), Igor Bilheri (guitarra e cordas) e Eduardo Avellar (percussão, flauta e trompete). Entre seus trabalhos são incluídos a participação na música “Mr. M” do grupo de Hip-hop Oriente, também de Niterói e o lançamento do single “A Última Embarcação”, em 2012, gravado no Estúdio Tomba Records, com apoio da Astronauta Discos e prensado na República Tcheca, em vinil; o single contou posteriormente com clipe dirigido pelo cineasta Rafael Saar, que chegou a ser exibido em canais como PlayTV, MTV e Canal Brasil.
Também em 2012, o “Divã” promoveu uma ação de crowdfunding (financiamento coletivo) através do site Catarse, para que pudessem lançar seu álbum de estreia “PSICOSSOMÁTICO ou do que as aves são capazes”, do qual “A Última Embarcação” fez parte. O CD, com direção musical de Gabriel Calderon, foi todo gravado no Estúdio Tomba Records pelo engenheiro de som Bruno Marcus. Algumas faixas contaram com a participação de músicos convidados como Júpiter Maçã, em "Hey Spaceboy", Jefferson Gonçalves, em "A Freira e a Planta", e Marcelo Salazar, em "Neat Bug". O projeto foi bem-sucedido, contando com a participação de 116 fãs e colaboradores, e lançado de maneira independente pela Astronauta Discos.
crítica
NOSSO AMIGO ASTRONAUTA Sem que se espere, eis que sonora risada se espalha e à noite adentra, como um canto de paz e fervilhante alegria. Transcendente, ela encobre os cochichos e as declarações de amor no sussurro doce dos amantes. Todos aderem a esses episódios repetidos de descontração e harmônicos momentos. É a alegria incontida do astronauta descendo do céu da sua própria boca, que aberta para o ritual do riso, somente se fecha ao soprar o seu pequeno e dourado saxofone, que é um OVNI escravo e obediente ao comando genial do seu talento. Não sei seu nome. Sei que é um astronauta de cabelos longos e desajeitados, meio esgaldripados. Figura espanéfica e até inoxidável no contexto metálico das suas espaçonaves interiores. Sinto sua falta quando não desce no Espaço Convés da nossa cultura. Muito bom! FERNANDO MENDES BOREL. (Crônica da coluna do Borel na página do Arte Jovem Brasileira).
Astronauta do bem: Ele vem de Vênus vem de sua caverna dentro de si um si dissonante que permeia o instante acende a luz da galáxia sua casa seu mirante. No pequeno monte de Vênus morena e calma mora sua alma amável é ela que inventa sua musica inefável oração louvação feita de poesia e beleza é dela que nasce seu mundofeliz!* (isso é o que ele diz!)Sonya Prazeres.
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