Cantora e compositora, Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade nasceu em Niterói - RJ, em 18 de julho de 1952. Ganhou seu primeiro violão aos nove anos e cresceu ouvindo músicos como Vinícius de Morais, Dorival Caymmi, Beatles e João Gilberto, chegando a vencer um festival de música em Niterói no ano de 1966.

Em 1969, aos 17 anos, fugiu para Salvador, BA, onde conheceu Pepeu Gomes, que mais tarde viria a ser seu marido, guitarrista do recém-formado conjunto "Os Novos Baianos", que também contava com os integrantes Moraes, Paulinho Boca de Cantor, Dadi e Luiz Galvão. Passa, no início dos anos 70, a integrar o grupo, como vocalista e percussionista, também passando a assinar, nesta época, seu nome artístico como Baby Consuelo.

No ano seguinte, lançam seu primeiro disco, “É Ferro na Boneca”, pela gravadora RGE Fermata. O trabalho coloca a banda na mídia nacional. Pouco tempo depois, a banda se muda para um sítio em Jacarepaguá, bairro do Rio de Janeiro, laboratório para criação daquele que viria a ser o LP de maior sucesso da banda, “Acabou Chorare”, eleito pela revista Rolling Stone Brasil como "o maior álbum de música brasileira de todos os tempos".

Baby e Pepeu permaneceram no grupo até 1978, quando foi decidido que cada um iniciaria sua carreira solo. Foram casados por 18 anos até que, no fim da década de 80, o casal se separou. Tiveram juntos seis filhos: 'Riroca (que viria a trocar seu nome para Sarah Sheeva), Zabelê, Nana Shara, Pedro Baby - estes quatro tornaram-se músicos, e as três garotas viriam a formar a girl band SNZ -, Krishna Baby (que aparece na contracapa do disco que leva o nome da criança, de 1984) e Kriptus Baby (presente na capa do álbum Sem Pecado e Sem Juízo, do ano seguinte).

Ainda em 1978, Baby iniciou carreira solo através do lançamento do disco “O Que Vier Eu Traço”, pela gravadora Warner Music, que incluía a música "Menino do Rio", de Caetano Veloso, composta exclusivamente para Baby e tema da novela Água Viva da Rede Globo. Lançou ainda os discos “Pra Enlouquecer”, 1980; “Canceriana Telúrica”, 1981, com a música "Todo Dia é Dia de Índio"; “Cósmica”, 1982; “Krishna Baby”, 1984; “Sem Pecado e Sem Juízo”, 1985 e “Ora pro Nobis”, 1991.

Em 1985, participou da primeira edição do Rock in Rio. Na década de 90, passou a se relacionar com Nando Chagas e, depois de uma peregrinação a Santiago de Compostela, na Espanha, mudou seu nome para Baby do Brasil. Em 1997, reencontrou "Os Novos Baianos" para gravar o CD duplo “Infinito Circular”, que funde o idioma pop-rock com ritmos brasileiros como o samba, o frevo e o choro, sucesso de críticas e público. Ainda em 97, lançou o CD “Um”, que marcou seu ingresso no estilo dance music.

No fim da década de 1990, a cantora virou evangélica da Igreja Sara Nossa Terra, convertendo-se no ano 2000. Fundou o “Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome de Jesus” e passou a denominar-se como “popstora”. Passou a se dedicar a cultos evangélicos, mantendo-se também seu lado secular. Também em 2000, lança “Exclusivo para Deus”, álbum gospel de produção independente, e “Ano 2000”, single que foi comercializado em bancas de jornal, contendo duas faixas de música secular. Seu segundo disco gospel é lançado em 2011, “Geração Guerreiros do Apocalipse”, também como produção independente.

Em 2009, durante o carnaval de Salvador, Paulinho, Baby e Pepeu se reuniram novamente para duas apresentações a bordo do trio elétrico intitulado "Os Novos Baianos". O trio contou, ainda, com a participação das filhas de Baby, o ex-grupo "SNZ", e de seu filho Pedro Baby. Também em 2009, o grupo – agora formado por Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Luis Galvão e Paulinho Boca de Cantor - se apresentou na Virada Cultural, no palco localizado na Avenida São João em São Paulo, show que foi visto por cerca de um milhão de pessoas.

Após uma temporada dedicada à música gospel, em 2012 apresentou-se no Vivo Open Air, no Jockey Club Brasileiro (RJ), interpretando clássicos de sua carreira com arranjos do seu filho, o músico Pedro Baby. O show, intitulado "Baby Sucessos", contou com a participação de Caetano Veloso, com quem cantou “Menino do Rio”, de autoria dele.

Em janeiro de 2014, Baby do Brasil e o filho Pedro Baby registraram em formato áudio-visual o show que marca o retorno da cantora aos palcos seculares, realizado no Imperator Centro Cultural João Nogueira, no Rio de Janeiro. O DVD foi lançado em abril de 2015 nas plataformas digitais e vários sites na Internet, e um mês depois, a versão física do CD e DVD foram lançadas.

Discografia

Com Os Novos Baianos
É Ferro na Boneca (1970)
Acabou Chorare (1972)
Novos Baianos F.C. (1973)
Novos Baianos (1974)
Vamos Pro Mundo (1974)
Caia na Estrada e Perigas Ver (1976)
Praga de Baiano (1977)
Farol da Barra (1978)
Infinito Circular (1997, ao vivo)

Solo
O Que Vier Eu Traço (1978) - 400.000 cópias
Pra Enlouquecer (1979) - 1.000.000 cópias
Ao Vivo Em Montreux (1980) - 450.000 cópias
Canceriana Telúrica (1981) - 1.400.000 cópias
Cósmica (1982) - 950.000 cópias
Kryshna Baby (1984) - 700.000 cópias
Sem Pecado E Sem Juí­zo (1985) - 1.100.000 cópias
Ora Pro Nobis (1991) - 250.000 cópias
Um (1997) - 100.000 cópias
Acústico Baby do Brasil (1998) - 150.000 cópias
Exclusivo Para Deus (2000) - 35.000 cópias
Geração Guerreiros do Apocalipse (2011)
Baby Sucessos - A menina ainda dança (2015)

crítica
"Baby já foi Consuelo mas sempre foi do Brasil. Agora resolver assumir. E como é Baby, mas não é boba, assumiu que, sendo do Brasil, é Baby do Mundo..." WASHINGTON OLIVETTO.



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