Osvaldino Rangel, mais conhecido por Dino Rangel (Niterói-RJ, 06 de Abril de 1964) é um guitarrista de jazz e compositor. O músico nasceu em uma casa cheia de instrumentos; desde cedo começou a dedilhar no violão e nunca mais parou. Seu interesse pela música andou lado a lado com seu gosto pelos mestres, de Jimy Hendrix a Hélio Delmiro, que despertaram no jovem artista um talento especial para a guitarra.

Dino teve aulas com diversos professores, entre eles Ian Guest e Sérgio Benevenuto. Quando obteve uma técnica mais apurada, foi estudar em Nova Iorque, onde morou por dois anos, estudando com guitarristas de expressão no jazz, como Mike Stern e John Abercrombie. Lá, também tocou com diversos grupos de músicos brasileiros.

De volta ao Brasil, em 1991, entrou para o grupo Brasilianas, com o qual fez diversos shows em território nacional, apresentando-se também na Europa. Participou de shows e gravações com Guinga, Léo Gandelman, Arthur Maia, Gilson Peranzzetta, Fred Martins, Marvio Ciribeli, Beth Bruno, Ednardo, Baby do Brasil, Ithamara Koorax, Marcel Powell, entre outros.

Em 1998, o guitarrista estreou com seu disco solo, “Café”, pelo Selo Niterói Discos, assinando metade das dez músicas. Para o disco, o trompetista Luisão Ramos fornece três composições. Já Tom Jobim e Peter Pan ganham inspiradas releituras de "Antígua" e "Se queres saber", respectivamente. Acompanhado por músicos como Arthur Maia, Zé Canuto, Márcio Bahia, Marcos Nimrichter e Cláudio Infante, Dino também foi arranjador da maioria das canções, trabalhando em grande parte das faixas, gravadas no Castelo Studio entre 96 e 97.

Em 2001, concorreu ao 4º prêmio Visa MPB instrumental, em São Paulo, formando quinteto com Márcio Bahia (bateria), Mazinho Ventura (baixo) e Marcos Nimrichter (piano). Na ocasião, foi um dos 24 selecionados dentre 365 artistas. Já em 2002, participou do IX Festival de Inverno de Domingos Martins-ES, como professor de guitarra e, em 2003, foi selecionado para o festival de jazz e blues de Guaramiranga-CE.

No mesmo ano, Dino participou do CD “Jazz from Brazil”, compilação do jornalista e produtor Arnaldo De Souteiro, novamente com a faixa “Antígua”, junto a Eumir Deodato, Cláudio Roditi e Ithamara Koorax, lançado no Japão, Europa e EUA, e indicado para o GRAMMY como melhor álbum Latin Jazz. O artista também fez parte da gravação do 6º “Compasso, Samba & Choro”, em 2003, da gravadora Biscoito Fino.

Foi selecionado em 2º lugar no edital da Niterói Discos (2006), ao lado de Ronaldo do Bandolim, Rogério Souza e Luiz Alves, para gravar seu 2º CD solo. Seu segundo álbum, “Partiu...Voltar”, pelo Selo Niterói Discos, foi lançado em 2008. O álbum conta com a participação dos músicos Márcio Bahia (bateria), Zé Canuto (sax, flauta e arranjos), Mazinho Ventura (baixo), Marcos Nimrichter (piano e acordeon), David Feldman (piano), Ney Conceição (baixo) e Beth Bruno (vocal).

Com composições de autores como Guinga, Tom Jobim, Garoto, Dori Caymi e Victor Assis Brasil, o CD do guitarrista passeia pelo samba, choro, toada, baião e frevo. Dino homenageia o cronista Rubem Braga, autor do livro “As boas coisas da vida”, com o título “Partir...Voltar”, sugerindo, como no título do livro, uma das melhores coisas da vida, numa alusão à música de improvisação.

Em 2010, foi eleito pela revista Heavy Metal Brasil como um dos 30 melhores guitarristas do Brasil. Já como professor de guitarra, participou da 29ª Oficina de Música de Curitiba, em 2011, Oficina de Música Sesi Uberaba e Oficina de Música e Prática de Conjunto no Festival de Jazz de Guramiranga, em 2013. Dino também participou do grupo do trompetista alemão Uli Beckerhoff e da temporada brasileira do grupo Australiano “The View From Madeleines Couch”, em 2012.

O artista realizou diversas apresentações com seu Trio/Quarteto e também em Duo com o violonista Marcel Powell, em diversos eventos e festivais pelo Brasil e Europa: Leblon Jazz Festival – RJ; Festival de Inverno de Petrópolis – RJ; Festival Brasil/Viena – Viena; NuSpirit Club – Bratislava; Nisville Jazz Festival – Sérvia; A-Trane Jazz Club – Berlin; Last Minute Open Jazz Festival – Croácia; Varna Summer Jazz Festival – Bulgária; Viradão Carioca - RJ; Goyaz Jazz Festival – GO; Macaé Summer Instrumental-RJ; Festival de Inverno de Domingos Martins–ES; Musifest Niterói-RJ; Londrina Jazz-PR; Festival Jazz&Blues de Guaramiranga-CE; Sesc’s de Santos / Paulista / Campinas / Consolação / Bauru / São José dos Campos (SP) e Teresópolis / São João de Meriti / São Gonçalo / Niterói / Lançamentos/Sofitel (RJ); IBEU Cultural-RJ; Compasso, Samba & Choro - Paço Imperial – RJ; 4º Prêmio Visa MPB Instrumental-SP, entre muitos outros.

Dino Rangeu faleceu na noite de 27 de fevereiro de 2019, em Niterói.


Crítica
[...] "Dino Rangel combina técnica com inventividade em doses equivalentes, com fluência invejável"[...] JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI - O Globo

[...] "Guitarrista de excelente técnica, Rangel passeia pelo jazz instrumental com passos firmes, mostrando que tem qualidade e repertório de craque." MÁRIO GONÇALVES - Revista Backstage

[...] "Dino Rangel faz um jazz refinado, de bom gosto. Mistura suas influências de música popular brasileira para criar belas harmonias e melodias. Os improvisos demonstram sua técnica e feeling"[...] DAVID HAPNER - Revista Guitar Player

[...] "Dino Rangel ganha espaço próprio nas prateleiras de jazz"[...] MARCELO AMBRÓSIO - Jornal do Brasil

[...]"Dino Rangel esbanja agilidade na compreensão harmônica[...]Guitarrista de boa técnica e inteligente no que concebe de harmonia, apresenta um trabalho de essência brasileira"[...] ANTÔNIO JORGE CAVALCANTI NETTO - Rádio Catedral


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