Músico, Sérgio Monteiro nasceu em 12 de fevereiro de 1974, em Niterói. Chegou a ser considerado uma das maiores revelações do piano brasileiro dos últimos anos, sendo um incansável divulgador da música brasileira de concerto.
Além de concertista, atuou como professor de música e Chefe de Departamento de Piano da Wanda Bass School of Music, na Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, onde passou a viver desde 2009. Em seu repertório, contam-se dezenas de obras brasileiras de todos os períodos e foi homenageado por grandes compositores brasileiros, com convites para estar à frente de diversas primeiras audições de suas criações e com obras originais a ele dedicadas.
Sérgio iniciou seus estudos aos cinco anos de idade, tendo como professores Miriam Grosman e Henrique Duprat e no Concervatorio de Música de Niterói. Tornou-se aluno da professora Myrian Dauelsberg em 1993, em cuja classe formou-se em 1997, na Escola Nacional de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, obtendo a nota máxima. Concluiu Mestrado na mesma instituição.
Em sua formação, participou ainda de cursos e master classes no Brasil e exterior, ministrados por Dominique Merlet (França), Ingrid Habler (Áustria), Sergei Dorensky (Rússia), Arie Vardi (Israel), Sergio Perticarolli (Itália), Igor Lazko (Rússia), Peter Eicher (Alemanha), Andrea Bonatta (Itália), entre outros.
Atuou como solista frente às mais importantes orquestras brasileiras, tais como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica da Universidade do Estado de São Paulo e a Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência dos maestros Roberto Tibiriçá, Henrique Morelenbaum e Lígia Amadio, entre outros.
Apresentou-se com frequência nas mais importantes capitais do Brasil e no Exterior, com passagens marcantes pela Alemanha (Munique e Hannover), Suíça (Genebra), Estados Unidos (Hartford, Salt Lake City), Itália (Merano, Gubbio) e Espanha (Zaragoza). No ano de 1998, realizou recitais nos EUA e participou do Festival de Música de Merano, na Itália, o que lhe rendeu entusiásticos elogios e convites para novas apresentações.
Em 2000, gravou um CD pela Niterói Discos intitulado
“Música Brasileira para Piano”, que continha 20 faixas, incluindo prelúdios, sonatinas, sonatas, entre outras obras do Piano Clássico Nacional. No mesmo ano, foi contemplado pelo Ministério da Cultura com uma bolsa para estudar na prestigiosa Eastman School of Music (Nova York, EUA), instituição na qual iniciou o seu doutorado. Durante seus anos nessa escola, recebeu todos os prêmios oferecidos aos alunos, entre eles o Performance Certificate e o Concurso de Solista.
Em 2003, o pianista venceu o Concurso Martha Argerich em Buenos Aires, sendo convidado para realizar concertos na America Latina, Europa e Japão. Monteiro foi selecionado, em 2005, para participar da prestigiosa Academia Internacional de Piano, no Lago de Como, na Itália. Lá, teve a oportunidade de trabalhar com importantes professores e pianistas de renome, como Bashkirov, Leon Fleisher, Claude Frank, Menahen Pressler, Fou T'song, Andreas Staier e William Grant Nabore.
No ano de 2008, realizou a estreia mundial das Gravuras Sonoras a D. João VI para piano e orquestra, de Almeida Prado, junto a OSB e o Maestro Flávio Florence, no Rio de Janeiro; e lançou pelo Selo Biscoito Fino a integral da Prole do Bebê, de Villa-Lobos. Em 2015, pela Grand Piano, lançou um CD dedicado à obra para piano de Henrique Oswald, que integra o programa de concerto na Cidade Imperial.
É detentor de diversas premiações (muitas em primeiro lugar) em concursos nacionais e internacionais, em categorias como Melhor Intérprete de Música Brasileira, Melhor Camerista e Preferência de Público, entre outras. Destacam-se, entre as premiações, o Concurso Pró-Arte, de música do século XX, realizado na Sala Cecília Meireles - RJ; o Concurso Sul-Americano de Goiânia, no qual foi selecionado para representar a América Latina no Concurso Internacional Gina Bachauer - EUA; e o Concurso PROMON - Rádio Cultura FM, realizado na sala São Luís - SP.
Em sua atuação como professor, teve alunos que, assim como ele, conquistaram vários concursos nacionais e internacionais.
crítica
"O pianista Sérgio Monteiro apresentou uma versão correta da Sonata de Bartók, demonstrando sensibilidade e preparo físico suficientes para recriar as asperezas da partitura, sem se deixar envolver pelos impossíveis sentimentalismos. Principalmente, no 2o Movimento, Sostenuto e Pesante, estruturado sobre uma linha melódica traçada a esquadro." VICTOR GIUDICE, Jornal do Brasil
"Ouvi pelos dedos mágicos do pianista Sérgio Monteiro minha obra "Rios". Fiquei fascinado pela maestria de seu pianismo, uma técnica transbordante aliada a um temperamento flamejante. Tudo muito equilibrado, a compreensão de toda a dinâmica, e uma rítmica sob controle, pulsante." ALMEIDA PRADO
"Sérgio Monteiro enfiou-se corajosamente na escrita caudalosa de Almeida Prado. Na verdade, é um rio de música, que está longe de estancar-se." LUÍS PAULO HORTA, O Globo
"Monteiro venceu o Concurso PROMON graças a uma interpretação arrebatada da Sonata Breve, do carioca Lorenzo Fernandes, na qual demonstrou grande volume sonoro." IRINEU FRANCO PERPÉTUO, Folha de São Paulo.
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