Mantida diretamente pelo Governo Federal, a Orquestra Sinfônica Nacional - UFF sempre contou em seus quadros com músicos profissionais estáveis, e de alto nível técnico. Foi criada pelo Governo Brasileiro através do decreto nº 49.913 de 12/01/1961, pela assinatura do então presidente da República, Juscelino Kubitschek, para divulgar a música sinfônica, com destaque para os compositores brasileiros.
Durante a década de 1960, seguindo o exemplo das orquestras europeias, como a BBC de Londres, atuou no Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa. Através da Rádio MEC, a OSN atingiu um público diversificado, de todas as classes sociais, gravando obras de Villa-Lobos, Guerra-Peixe, Carlos Gomes e outros mestres brasileiros. Realizou, durante esse período, mas de 1.500 concertos e centenas de gravações, desempenhando uma importante função social de divulgação da música brasileira de concerto.
Com a extinção do SER, em 1982, foi transferida para a Fundação Centro Brasileiro da TV Educativa (FUNTEVÊ), ficando, no entanto, compulsoriamente inativa. Porém, em 1984, a Orquestra foi integrada à Universidade Federal Fluminense, através do Centro de Artes UFF, onde deu continuidade à sua missão de preservar e apresentar para o público obras de compositores nacionais e estrangeiros.
Em 2009, a OSN UFF deu início a uma nova fase. Sem deixar de lado seus objetivos principais, a orquestra optou por trabalhar com regentes convidados, além de solistas especializados nos mais variados instrumentos. Em 2011, a OSN comemorou seu Jubileu de Ouro com uma série de concertos, tendo à frente os regentes convidados Samy Fucks, Tobias Volkmann, Roberto Duarte, Norton Morozowicz e Henrique Morelembaum, que contribuíram para o desenvolvimento profissional e artístico do grupo.
Junto com os tradicionais concertos abertos ao público, a OSN UFF passou a desenvolver também projetos como o “Sons da Orquestra”, voltado para formação de plateia, que contava com apresentações em escolas da rede pública com uma mistura de música e contação de histórias, e a série “Rio”, que visava ocupar espaços da música de concerto na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2012, a Orquestra realizou a série concertos “Araribóia” , a fim de divulgar a música brasileira de concerto, e, em dezembro de 2015, realizou um concerto em homenagem aos 55 anos da UFF, contando com a regência do maestro Roberto Tibiriçá e com a participação do músico, arranjador, regente, pianista e compositor brasileiro Wagner Tiso como solista convidado.
Além de ter realizado apresentações semanais no projeto “Música aos Domingos”, no Cine Arte UFF, excursionou por diversos municípios do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Trabalhou, também, em grandes eventos culturais, como a execução de trilhas sonoras reconstituídas dos filmes “Intolerance”, “Napoleon” e “Ladrão de Bagdá”.
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