Eleito o melhor guitarrista de rock do Brasil pela Revista Roll, em 1987, o niteroiense Cláudio Bezz é um músico versátil, que nos anos 80 participou ativamente do crescente movimento do rock no país, mas que também desenvolve trabalhos com influências do jazz, blues e MPB.
Bezz é bacharel em violão, graduado pela Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, em 1993 e em Composição pela UFRJ. Com a banda
Taurus, uma das pioneiras do metal nacional e que fez parte do movimento Underground Rock Brasil nos anos 80/90, o artista gravou quatro discos: "Signo de Taurus", em 1986, "Trapped in Lies", em 1988, e "Pornography", em 1989. Em 2010, lançaram seu mais recente trabalho, novamente cantado em português, "Fissura". Ao contrário de outras bandas, a Taurus teve poucas mudanças ao longo dos anos. Da formação original, que contava com Otávio Augusto (vocal), Jean (Baixo), Cláudio Bezz (guitarra) e Sérgio Bezz (bateria), apenas Jean não permaneceu, sendo substituído por Jeziel. Masis tarde Felipe Melo passou a fazer parte da bandea.
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Seus estudos instrumentais foram ao lado de grandes nomes, como Scott Henderson, Frank Gambale, Larry Coryell, Rafael Rabello, Marco Pereira, Jodacil Damasceno e Turíbio Santos. Bezz também trabalhou com a maestrina Elza Lakschevitz durante seis anos no grupo coral Canto em Canto, gravando dois CDs e participando de duas turnês internacionais: ACDA, nos EUA, em 1994, e Caribean Festival, na Venezuela, em 1996. Ainda em sua vida acadêmica, leciona em escolas de música desde 1987 e é professor de violão e guitarra do Conservatório de Música de Niterói.
O artista também tocou com o grupo Corredor 5, que lançou seu primeiro CD pela SevenMusic/SonyMusic em 2005. Com a banda Lenda, venceu o festival de música "Festvalda", no Rio, em 1994. Pela gravadora Velas, a banda gravou um single contendo a regravação da música "Sina", de Djavan, que foi um grande sucesso em rádios universitárias de todo o país.
Com Marcos Alves, em 1998, o artista participou a primeira audição da peça "Suserana Vassalagem", escrita para duo de violões, do compositor Lula Costa-Lima, no Panorama de Música da UFRJ, e em 2014, como compositor, apresentou a peça intitulada “Quarteto Barroco” para Piano, Cello, Oboé e Flauta.
Em 2003 iniciou participação ativa como arranjador, compositor e instrumentista em gravações e shows de vários artistas, como: Milton Nascimento, Ivan Lins, Caetano Veloso, Fagner, Kleiton e Kledir, Leo Jaime, Leone, Jorge Vercilo, Paulinho Moska, Kátia B., Zélia Duncan, Pedro Luís e a Parede, Luka, Laura Pausini, Joyce, Cássia Eller e Renato Russo (Póstumo), Isabella Taviani, Angela Ro Ro, Daniel Chaudon, Rodrigo Santos (Barão Vermelho), Wanessa Camargo, Latino, entre outros.
O guitarrista participou de gravações e shows de vários artistas da cena carioca e niteroiense, como Arícia Mess, na tournê do lançamento do CD "Cabeça Coração", Suely Mesquita, em tournê do lançamento de CD "Sexo Puro", Luís Capucho, no lançamento do CD "Lua Singela", Kali C., Marcelo Salazar, Grupo C3, Susana Werner, Lulu Joppert e muitos outros. Com o também guitarrista Sérgio Tannus, Bezz participou do duo de violões Bezz/Tannus.
Pelo selo Niterói Discos, Bezz participou do álbum "Imagens", de Cacao Figueiredo, em 1999. Também gravou "Calor", do Grupo C3, pela Som Livre, em 2003, atuando ainda na trilha sonora das novelas "Celebridade", no mesmo ano, "Da Cor do Pecado", em 2004, e "América", em 2005. Bezz produziu os CDs do grupo Corredor 5, "Sem Resposta" da cantora Luka (WEA- 2006) e o disco de estreia da cantora Rafaella (Nikita Music - 2005), que teve a música "Navega Coração" incluída na trilha sonora da novela "Como uma onda".
Em 2010 compôs a trilha sonora do filme documentário "Sobre Rios e Córregos" de Luci Barreto e Daniel Tendler e em 2013 a trilha do curta "Desencontros" da Panorâmica filmes, no RJ.
De 2008 a 2012, Bezz acompanhou o cantor Raimundo Fagner em turnês por todo o país. Integrante do grupo de pesquisas "Oficina de Música Contemporânea" da UFRJ, foi bolsista do PIBIAC/UFRJ- 2014/15 (Programa de Bolsas de Iniciação Artística e Cultural) integrado ao projeto "Eletroacústicas - MEC FM" do Rio de Janeiro, ambos orientados e coordenados pelo Prof. Doutor Rodrigo Cicchelli Velloso (Departamento de Música/Composição da UFRJ).
Em 2014 integrou o núcleo de criação musical Sérgio Saraceni, da Rede Globo, onde participou da trilha incidental da novela "Geração Brasil" e desde então vem desenvolvendo um trabalho voltado para música acusmática (eletroacústica) como parte de seu projeto de pesquisa do curso de Mestrado em Poéticas da Composição Musical, no programa de Pós-Graduação da UFRJ.
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