No dia 1 de dezembro de 2017 teve início no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno recebeu a exposição "Empatia", de Alberto Pereira.
A série surgiu durante um processo de criação diário do artista e foi inspirada em alguns de seus últimos trabalhos - do digital para a rua. Abordando temáticas como aceitação, harmonia, valorização de algo/alguém, tornar o que é invisível visível aos nossos olhos, são estas as questões que traz nestas obras: a capacidade de enxergar-se no outro emocionalmente e mentalmente.
"Empatia", por Peter de Albuquerque
O que há no outro que não há em mim?
Aprendemos a buscar em nossas vidas pessoas e histórias de semelhança. Na cultura que preza espelho e selfie (e selfie como espelho), buscamos reflexos sintonizados com nossas essências e crenças, como se ali estivesse a mais potente fonte para encontrarmos a nós mesmos. Engano.
Quem eu não sou n'outro?`
Desafio capinar dentro de si o campo onde nunca se colheu a flor, o interior da casa onde nunca se abriu a porta, o amor não sentido, dificuldade não calejada. Algum poderoso instrumento humano seria capaz de dar massa ao que ainda nada ocupa na bagagem da nossa trajetória?
Empatia é amar o que não somos.
É preciso criatividade para preencher nosso espaço com o outro. É preciso abertura. Acima de tudo, é preciso amor. A si - pois antes deste nada seria legítimo - e ao outro, ao mundo, à existência, e à semelhança universal que une quaisquer vivos. Afinal, acima de tudo: todos seres. Vivos.
Alberto compreende desconstrução como constante caminho, e não como ponto de chegada ou qualidade nascida. Se recola todos os dias. Se coloca em novas paredes. Muda o sentido de muros.
Alberto recorta nossos preconceitos e os reposiciona em uma nova composição, com outras cores e vibrações.
Alberto se vê no outro. Nos vemos em Alberto se vendo no outro.
E isso nos torna empáticos.
Obrigado, Alberto
Alberto Pereira<
Artista de rua nascido no Rio de Janeiro e criado entre Niterói, Rio de Janeiro, Brasília e Angra dos Reis, Alberto já teve seu trabalho exposto em festivais de arte urbana e digital, tais como La Première Expo de GIF (Paris, 2016), Art Rua (Brasil, 2016), CHEAP Street Art Festival (Itália, 2017). Foi também um dos artistas selecionados pela Adidas Originals / Adidas Brasil para representar o Rio de Janeiro no lançamento do sneaker Adidas Gazelle.
Particpou de galerias urbanas como a Galeria Providência e a Ladeira do Castro, além da residência artística Afrotranscendence, realizada em 2016 na Red Bull Station, ao lado de artistas e mentores como Benjamin Abras, Criola, Josyara Lélis, Mahal Pita (Baiana System), Rincon Sapiência, VJ Vigas entre outros.
Desenvolve oficina de criatividade e expressão artística na Casa Amarela, iniciativa do artista francês JR, construída em parceria com o fotógrafo Mauricio Hora no Morro da Providência, primeira favela carioca localizada na zona central do Rio de Janeiro.
Em seu trabalho, gosta de ressignificar as coisas, brincar com camadas, trocadilhos, pesos e proporções. Às vezes até inverter, torcer até que a própria coisa se torne outra. E, nesse jogo de coisas, a busca é por tocar a mente e o coração de quem vê, pra que esse tanto de coisa, vire um pouco de sentimento.
Serviço
Exposição Empatia, de Alberto Pereira
Período de visitação: 01/12/2017 a 31/12/2017
Segunda a sexta-feira das 10h às 17h; sábados, domingos e feriados das 10h às 15h.
Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno
Endereço: Rua Lopes Trovão, s/nº, Campo de São Bento, em Icaraí
Informações: (21) 2610-5748
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