Exposições temporárias e acervo fixo, músicas, contação de histórias, artes, visitas educativas, poesia e literatura. A Sala Carlos Couto é conhecida pela sua versatilidade de atividades. Inaugurada em 6 de agosto de 1993, o espaço foi berço de diversos artistas, que iniciaram nela sua carreira. Está localizada na Rua Quinze de novembro, nº35, no Centro de Niterói. De crianças a idosos,  a Sala Carlos Couto acolhe em sua programação plural os mais variados públicos.

Um espaço multidisciplinar e democrático com acesso totalmente gratuito, a sala já recebeu eventos como o Clube do Choro de Niterói, lançamentos de livros de autores independentes, rodas de novos poetas, noite de autógrafos, entre outros. Incubadora de novos artistas, a sala acolheu importantes projetos, como a Leitura Dramatizada e a Orquestra da Grota do Surucucu, que se consolidaram como referências artísticas da cidade.

Em seu projeto curatorial, as exposições dedicam atenção aos períodos e manifestações históricas e artísticas das décadas de 50 e 60, até a atualidade. Essa linha do tempo  possibilita ao visitante desfrutar e conhecer períodos importantes da cultura brasileira, por meio das múltiplas narrativas dos projetos.

Acervo Burle Marx

Acervo Burle Marx.


A Sala Carlos Couto dispõe de um acervo do artista plástico brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994). Autor de mais de 3 mil projetos de paisagismo, em 20 países, Burle Marx participou da restauração do Teatro Municipal João Caetano, criando o atual pano de boca (cortina) e o estudo de porta corta-fogo do histórico espaço cultural. Os desenhos, registros e prospectos do projeto executados para o Teatro Municipal compõem hoje o acervo da Sala Carlos Couto, registrando a grandiosa memória da participação do paisagista no restauro do teatro. São cerca de 13 quadros, que mostram o passo a passo do desenvolvimento artístico para compor o design e a arquitetura do teatro.

Homenagem a Carlos Couto

Carlos Alfredo de Araújo Couto, também conhecido como K. Couto, foi diretor do Teatro Municipal João Caetano e fundador da Associação de Teatro de Niterói (ATEN). Nascido em Portugal, Couto, apesar de sua formação em Direito, era ator e diretor de teatro, tendo atuado ainda no cinema, na antiga rede TUPI de televisão, em emissoras de rádio e  como cronista no jornal O Fluminense.  A sala recebeu seu nome para homenagear a contribuição de Carlos, um grande defensor da cultura da cidade.

Restauração

Dentro do projeto de restauração do Theatro Municipal de Niterói, um dos objetivos foi o de incluir o prédio em anexo no programa de intervenção, integrando-o ao complexo cultural. Esta edificação, em precário estado de conservação, foi construída na década de vinte deste século, com fins residenciais. Mais tarde este mesmo prédio serviu para múltiplos empreendimentos comerciais o que contribuiu para sua completa descaracterização.

A concepção arquitetônica do novo espaço manteve a volumetria original do prédio e as características de sua fachada. No térreo foi implantada a Sala Carlos Couto, ficando no pavimento superior concentradas as atividades administrativas do Theatro. Os ornatos da fachada foram reconstituídos a partir de registros iconográficos obtidos durante o levantamento histórico-documental.

Leia também: Mesbla doa casa para incentivo à Cultura








Publicado em 2019-12-31

Livro de Pedro Henrique Matos será lançado na Sala Carlos Couto Leia mais ...
Magno Mesquita apresenta 'Metaismorfose' na Sala Carlos Couto Leia mais ..