Principal jardim público urbano de Niterói, compreendido entre a Avenida Roberto Silveira, Rua Lopes Trovão, Rua Gavião Peixoto e Rua Domingues de Sá, em Icaraí, o Campo de São Bento, possui paisagismo inspirado no romantismo inglês, adotado no Brasil a partir da segunda metade do século XIX, quando o Naturalismo tomava pulso no pensamento da época, inspirando obras voltadas para a natureza e para a imitação de seus elementos.
Foi com esse espírito que implantou-se o Campo de São Bento com diversos canteiros de formas livres e sinuosas, um lago artificial, pontes de cimento com decorativismo pitoresco imitando galhos de árvores e pedras artificiais, gramados, plantio de árvores e flores, coreto etc., configurando-se uma bucólica área com cerca de 36.000 metros quadrados.
Dentre seus elementos românticos, destaca-se o coreto, uma edificação de estrutura de ferro sobre embasamento de alvenaria, com planta octogonal, cujo piso é em ladrilho hidráulico. As esbeltas colunas, o guarda-corpo e a cobertura com lanternim são cuidadosamente trabalhados. A história dos coretos nas cidades brasileiras data de fins do século XIX e início do XX. Eles surgem como complemento paisagístico decorando praças e jardins, sendo um dos simbolismos românticos do período, como local de bandas de música, de encontros de namorados e de brincadeiras de crianças.
História
A história do Campo de São Bento nos remete ao ano de 1697, quando aquele terreno foi comprado pelo mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, que usou as terras para servir de descanso do gado proveniente de suas fazendas de Campos dos Goitacazes. Naquela época, a região de Icaraí era um vasto areal, que se estendia desde a praia até as proximidades da atual Rua Santa Rosa, coberto de pitangueiras, cactos e vegetação rasteira.
Em 1840, ao dar início ao Plano de Arruamento de Icaraí, projetado pelo engenheiro Pedro Taulois, o governo recebeu, dos beneditinos, parte de seus terrenos; essa área foi aterrada durante o governo do Presidente da Província, Gavião Peixoto (1882-1883). Duas décadas depois, em 1908, o Prefeito Pereira Ferraz concluiu as obras de urbanização seguindo o projeto paisagístico de 1850, do engenheiro paisagista belga Arsène Puttemans. Chamada, então, de Praça Visconde de Abaeté, treze anos mais tarde tomou o nome de Parque Prefeito Ferraz.
Em 1980, o Campo passou por um grande processo de remodelação, ganhando um chafariz luminoso e, posteriormente, gradil de ferro. Hoje, o Campo de São Bento é um verdadeiro pulmão verde para o bairro de Icaraí.
Hoje, encontram-se, no seu interior, a Biblioteca Estadual Infantil Anísio Teixeira, o Colégio Estadual Joaquim Távora e o Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, além de abrigar uma feira de artesanato aos sábados e domingos, recebendo grande afluência de público.
Em 16 de dezembro de 1985, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - INEPAC - tombou o coreto, através do processo E-18/300288/85, como marco expressivo do romantismo popular de uma época. Em 22 de novembro de 1990, a Prefeitura Municipal tombou o Campo, através da Lei nº 884, pelo seu alto valor paisagístico e afetivo para a cidade.
Publicado em 25/09/2013
Foi com esse espírito que implantou-se o Campo de São Bento com diversos canteiros de formas livres e sinuosas, um lago artificial, pontes de cimento com decorativismo pitoresco imitando galhos de árvores e pedras artificiais, gramados, plantio de árvores e flores, coreto etc., configurando-se uma bucólica área com cerca de 36.000 metros quadrados.
Dentre seus elementos românticos, destaca-se o coreto, uma edificação de estrutura de ferro sobre embasamento de alvenaria, com planta octogonal, cujo piso é em ladrilho hidráulico. As esbeltas colunas, o guarda-corpo e a cobertura com lanternim são cuidadosamente trabalhados. A história dos coretos nas cidades brasileiras data de fins do século XIX e início do XX. Eles surgem como complemento paisagístico decorando praças e jardins, sendo um dos simbolismos românticos do período, como local de bandas de música, de encontros de namorados e de brincadeiras de crianças.
História
A história do Campo de São Bento nos remete ao ano de 1697, quando aquele terreno foi comprado pelo mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, que usou as terras para servir de descanso do gado proveniente de suas fazendas de Campos dos Goitacazes. Naquela época, a região de Icaraí era um vasto areal, que se estendia desde a praia até as proximidades da atual Rua Santa Rosa, coberto de pitangueiras, cactos e vegetação rasteira.
Em 1840, ao dar início ao Plano de Arruamento de Icaraí, projetado pelo engenheiro Pedro Taulois, o governo recebeu, dos beneditinos, parte de seus terrenos; essa área foi aterrada durante o governo do Presidente da Província, Gavião Peixoto (1882-1883). Duas décadas depois, em 1908, o Prefeito Pereira Ferraz concluiu as obras de urbanização seguindo o projeto paisagístico de 1850, do engenheiro paisagista belga Arsène Puttemans. Chamada, então, de Praça Visconde de Abaeté, treze anos mais tarde tomou o nome de Parque Prefeito Ferraz.
Em 1980, o Campo passou por um grande processo de remodelação, ganhando um chafariz luminoso e, posteriormente, gradil de ferro. Hoje, o Campo de São Bento é um verdadeiro pulmão verde para o bairro de Icaraí.
Hoje, encontram-se, no seu interior, a Biblioteca Estadual Infantil Anísio Teixeira, o Colégio Estadual Joaquim Távora e o Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, além de abrigar uma feira de artesanato aos sábados e domingos, recebendo grande afluência de público.
Em 16 de dezembro de 1985, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - INEPAC - tombou o coreto, através do processo E-18/300288/85, como marco expressivo do romantismo popular de uma época. Em 22 de novembro de 1990, a Prefeitura Municipal tombou o Campo, através da Lei nº 884, pelo seu alto valor paisagístico e afetivo para a cidade.
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Publicado em 25/09/2013