Tombamento estadual em 02/08/2007
Processo INEPAC E-18/000.966/2007
Av. Quintino Bocaiúva, 115 - Charitas
Em Janeiro de 1851, o Governo Imperial alugou um grande prédio na enseada de Jurujuba para recolher marítimos com febre amarela sob o controle da Junta Central de Higiene Pública presidida pelo dr. Paula Cândido, tendo início o Lazareto de Jurujuba.
Trata-se de um conjunto de edificações, com aproximadamente 3.000 m² de área construída, implatado em local privilegiado voltado para a enseada da baía de Guanabara, no alto de uma elevação rochosa.
Construído em um platô sustentado por forte muro de arrimo, destaca-se no conjunto o pavilhão central de feição neoclássica. Na encosta do Morro do Preventório, que constitui o entorno imediato do bem tombado, há forte adensamento populacional.
Em 1853, após reforma e ampliação do prédio já existente, foi inaugurado o Hospital Marítimo Santa Isabel, em homenagem à Princesa Isabel. O sanitarista Francisco de Paula Cândido instalou e começou a dirigir a instituição. Em sua homenagem, não só o hospital mas todas as instalações que o lugar abrigou, passaram a se chamar, em 1898, Paula Cândido.
O Hospital foi criado para abrigar e manter isolados doentes recolhidos nos navios que aportavam na Baía de Guanabara, portadores de varíola, febre amarela e cólera. Recebia também doentes das redondezas e desempenhou importante papel devido as constantes epidemias até o início do século XX.
Posteriormente o hospital foi transformado em Preventório para abrigar crianças necessitadas de isolamento de contato tuberculoso. Nas suas dependências, mais tarde, foi estabelecida a Escola de Enfermagem e o Educandário Paula Cândido, destinado a crianças carentes.
A partir de então esses dois personagens tornam-se referância na história do complexo, ainda hoje conhecido como 'Casa da Princesa'.