Tombamento estadual
Processo INEPAC E-03/33

Praia de Icaraí - Icaraí

A pedra, sobre a qual teceu-se a lenda do amor entre o guerreiro índio Cauby e sua amada Jurema, formava originalmente uma fina parede projetada da encosta do morro sobre a praia das Flexas e esculpida pela erosão natural. Atualmente isolada da costa, forma com a Pedra do Índio e a Ilha dos Cardos uma forte referência de identidade cultural na paisagem da orla de Niterói, voltada para a baía de Guanabara.

Trata-se de um monumento natural localizado entre Icaraí e Ingá, sob a designação indígena de Itapuca (pedra furada) por haver tido, em sua forma original, um túnel natural.

A pedra foi parcialmente demolida por ordens do Presidente da Província, Conselheiro Pedreira, para dar prosseguimento ao Plano de Arruamento de 1840-1841, criando uma comunicação direta entre os bairros do Ingá e Icaraí.

A atual imagem de Itapuca aparece largamente reproduzida. O Tesouro nacional fez ensaios com a imagem da pedra em papel-moeda no valor de duzentos mil réis. A mesma imagem foi escolhida pelo Barão do Rio Branco para seu ex-libris. Também apareceu reproduzida em selos do Correio postos em circulaçõ em 2 de abril de 1945. Em 1907, foi escolhida também para figurar no timbre da nova entidade de lojas maçônicas de Niterói, denominada Novo Grande Oriente do Brasil.

A imagem da "pedra furada" é apenas conhecida por meio de pinturas atribuídas a Julius Mill e Antonio Parreiras.

Conheça a Lenda de Itapuca, de Alvarus de Oliveira
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Fotos recentes de Leo Zulluh



Pedra de Itapuca, por DDP-FAN

Entre os anos de 1849 e 1850, foi realizada uma subscrição pública para o desmonte do túnel da Itapuca. Segundo o historiador Carlos Wehrs, a população do Ingá e de Icaraí queria o desmonte do túnel para facilitar a ligação entre os bairros, que só era possível durante a maré baixa.

Como isso ocorreu antes da invenção da dinamite, em 1862, restou a Pedra da Itapuca, cujo nome justamente, segundo Luís Antônio Pimentel, significa "pedra furada" (Ita = pedra + puca = furada). Não há registro fotográfico, mas a pedra restante passou a alimentar a imaginação de poetas, cronistas e artistas.

A Pedra estampou o ex-libris do Barão do Rio Branco e este ex-libris tornou-se selo dos Correios em 1945. Estampou, também, notas de 200$000 (200 mil-réis, aproximadamente R$ 600,00 hoje). Além disso, a Pedra tornou-se símbolo de nossa cidade, passando a ornar, com lugar de destaque, o brasão da cidade.

Nas imagens, cédulas de 200$000, retiradas dos Anais do Museu Histórico Nacional, edição de 1949; reprodução de selo comemorativo ao centenário de nascimento do Barão do Rio Branco; foto de Manoel Fonseca, na década de 1940, de um quadro atribuído a Moisés Nogueira representando a interpretação do artista da Pedra antes da demolição do arco e foto de Marc Ferrez, feita entre 1875 e 1908, da coleção que Marc Ferrez vendeu ao Banco Central para estampar notas de mil-réis.











Publicado em 12/11/2013

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