Tombamento estadual em 26/09/1978
Processo INEPAC - E-03/16.511/78
Estrada Francisco da Cruz Nunes, 8429 - Itaipu
A Igreja de São Sebastião de Itaipu é um importante exemplar arquitetônico com notável implantação no terreno, onde, do alto de um promontório descortina-se uma ampla visão da praia de Itaipu.
Sua história remonta a meados do século XVII, quando a freguesia de São Sebastião de Itaipu possuía quatro engenhos e seus habitantes eram lavradores de farinha, de açúcar e pescadores. Percorrendo a imensa região pela qual eram responsáveis, os padres Antônio Loureiro, Manuel de Araújo e José de Castro criaram várias freguesias e trataram de incentivar a construção de capelas, inclusive a de São Sebastião.
Em 1721, a igreja foi elevada à condição de paróquia independente e, por alvará de 12 de janeiro de 1755, foi criada a freguesia de São Sebastião de Itaipu. Por volta de 1833, a matriz estava quase em ruínas, precisando de reconstrução e conserto. O futuro Visconde de Uruguai, na Presidência da Província tomou as providências para a recuperação da igreja. Em 31 de janeiro de 1844 as obras estavam quase finalizadas.
Em 1898, uma nova intervenção foi efetuada e a própria comunidade restaurou o templo para a festa do padroeiro. Dez anos mais tarde, a paróquia foi extinta e transferida para Jurujuba, ficando o prédio abandonado por completo, durante muitos anos.
A edificação original, de nave única, recebeu durante o século XIX elementos neoclássicos. Sua fachada simétrica, de feição sóbria, é formada por um corpo principal cuja portada é encimada por três janelas do coro; apresenta um frontão com entablamento reto, um pequeno óculo e tímidas volutas. As duas torres sineiras laterais com seteiras são arrematadas por cúpulas em meia laranja. O retábulo-mor, de linhas neoclássicas, é todo em madeira.
Em 1977, com a chegada de um novo pároco, a igreja foi reativada sendo restaurada nos anos 80, sob orientação do Impac.
Tendo em vista os valores afetivo e histórico adquiridos pela Igreja de São Sebastião, o Instituto Estadual de patrimônio Cultural - INEPAC - tombou este templo, em 26 de setembro de 1978, através do processo E-03/16.511/78
Fonte: "Niterói Patrimônio Cultural", editado pela SMC/Niterói Livros em 2000.
Fotos recentes de Leo Zulluh