(Memória, 22 de setembro de 1981)
Tombado pelo Patrimônio Histórico, o Solar do Jambeiro, propriedade de Lúcia Falkenberg e Wanda Bartholdy, foi palco, no último dia 22 de setembro de 1981, de uma festa de rara beleza e solidariedade. A primeira dama da cidade, Celina Vargas do Amaral Peixoto Moreira Franco, e as colaboradoras do NÓS Niterói Obras Sociais, organizaram um chá no Solar, casarão no melhor estilo colonial da Rua Presidente Domiciano, em beneficio do programa de creches de Niterói.
Nos jardins, a decoração de Porfírio Lopes: mesas com toalhas em tom amarelo cobertas por rendas, no centro lindos arranjos de orquídeas da Florália, samambaias e tochas que davam o toque clássico ao ambiente.
Para as cento e vinte senhoras presentes falou o professor Ricardo Cravo Albin, diretor do Museu da Imagem e do Som, sobre "A Mulher na Música Brasileira", palestra ilustrada pelo cantor Carlos José, que aniversariava naquele dia.
A palestra teve início nas modinhas, exaltada na pessoa de Chiquinha Gonzaga, passando pela internacional Carmem Miranda; Dolores Duran na década de 50 depois Maísa: Nara Leão e Silvinha Teles na bossa nova: as compositoras de Escola de Samba Lecy Brandão e D. Ivone Lara; e a última geração musical, Gal Costa, Maria Bethânia, Angela Ro Ro, Fátima Guedes e Joanna. Finalizando a palestra, que foi muito aplaudida, Ricardo Cravo Albin e Carlos José homenagearam a anfitriã Lúcia Falkenberg com a música "Deusa da Minha Rua".
São "patronesses" do encontro, entre outras, Ana Menezes Garcia, Lourdinha Parreiras, Terezinha Zauli, Neuza Barbosa, Neusa Marques dos Santos, Jeanne Garcia Justo, Elaine Pontes, Dada Gomes da Costa, Regina Helena Baldaque Guimarães e Maria Claudia Bomfim.
Celina Moreira Franco agradeceu a todas as senhoras que ali ajudavam o projeto pioneiro de creches de Niterói. Maria Cláudia Bonfim, dando prosseguimento à tarde, sorteou os prêmios oferecidos por Georgete Rodrigues, Marieta Grand, Amanda Fellows, Concessa Colaço, Lena Corsi e Marion Pena.
Pelas mesas era servido o coquetel de Madalena e, depois, foi aberto o salão da residência colonial rica em azulejaria portuguesa onde se encontrava uma deliciosa mesa de doces, preparados pelas colaboradoras do NÓS, e o chá em bules de prata.
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