Os trabalhos de restauração foram realizados por uma equipe multidisciplinar, formada por técnicos especializados nas diferentes áreas, e teve o acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
A metodologia adotada baseou-se na preservação de remanescentes estéticos e históricos originais do prédio, bem como na conservação de algumas alterações posteriores, consideradas harmoniosas no conjunto. Detalhada prospecção do prédio associada a minucioso levantamento documental e iconográfico estabeleceram as referências históricas para o partido adotado na concepção do projeto. As intervenções contemporâneas, fundamentadas em critérios científicos, tecnológicos e de funcionalidade, possuem linguagem própria e distinta dos padrões originais. Além do prédio principal, houve a preocupação com a revitalização do parque que circunda o solar, incluindo implantação de estrutura de apoio para visitantes.
O prédio principal tem seus espaços originais amplos e bem definidos: no pavimento térreo, grande sala de estar, sala de jantar, sala de almoço, sala para louçaria, sanitário, vestíbulos de acesso - um social e outro de serviço - com respectivas escadas; no pavimento superior, distribuem-se os quartos e um sanitário. O propósito de manter a arquitetura original com o mínimo de intervenção projetual determinou uma única alteração de espaços: a substituição da escada de serviço por um elevador, a fim de permitir o acesso de idosos e deficientes físicos. Esta modificação favoreceu o remanejamento do banheiro do pavimento superior, que pôde então receber iluminação e ventilação naturais.
Anexa ao prédio principal, havia uma edificação claramente alterada, que servia de apoio ao solar. Possuía uma grande cozinha, área de serviço e um belo tanque em cantaria. Esse espaço foi acrescido de um segundo pavimento, para aposentos do zelador, em época não identificada. A nova distribuição do anexo de serviço manteve a cozinha, com dimensões reduzidas, e criou sanitários públicos e vestiários de funcionários no espaço remanescente, preservando-se a fachada inteiramente inalterada. Contígua a este prédio havia uma construção que abrigava a moradia do caseiro, intervenção sem qualidade, demolida com o propósito de permitir melhor visibilidade à arquitetura do solar.
A estufa, cujas feições originais haviam sido modificadas, segundo a iconografia existente, foi recuperada e destina-se a abrigar espécies vegetais exóticas.
EQUIPE RESPONSÁVEL PELA RESTAURAÇÃO DO SOLAR DO JAMBEIRO
Coordenação Geral
Cláudio Valério Teixeira
Supervisão de Projetos e Obras de Restauração
Maria Regina Pontin de Mattos
Engenheira Responsável
Lígia Maria Azeredo Cabral da Silva
Arquitetas Responsáveis
Cristiane Suzuki
Fernanda Couto Teixeira
Carla Codeço Coelho
Dalila Vieira Coutinho
Fábio de Carvalho Valentim
Felipe Cristiano Reigada
Francyla Bousquet Santos
Mariangela M. Vieira Accetta
Estagiária
Patrícia Dias Ferrone
Restauradora Chefe da Equipe de Azulejaria e Telhas de Louça
Elisabete Martelletti Grillo Pereira
Equipe de Restauração de Azulejaria e Telhas de Louça
André Dias Pires
Andrew David Wood
Bruna Gomes Leite de Carvalho
Elaine Ferreira Chagas
Maude Monnerat
Priscilla Paula Helena Wood
Ricardo Antônio Barbosa Pereira
Historiadora
Maria Rosalina de Oliveira
Supervisão de Textos
Maria Elizabete Santos Peixoto
Apoio Administrativo
Carla Pereira de Melo Campos
Fotografia
Zalmir Gonçalves
Fotografias Históricas
Coleção Carlos Fernando de Almeida
Consultores:
Ar-Condicionado
Jorge Sardinha
Cálculo Estrutural
Geraldo Filizolla
Decoração de Interiores
Janete Costa
Iluminação Ambiental
Peter Gasper
Instalação de Segurança
Selem Maurício Coelho
Instalações Elétricas e de Combate a Incêndio
Álvaro Ferreira
Instalações Hidráulicas, Esgotos e Águas Pluviais
José Bedran Simões
Paisagismo
Adilson Roque dos Santos
Eduardo Lins
Restauração de Azulejaria e Telhas de Louça
Manuela Malhoa