Com suas instalações inteiramente reformadas, o Teatro Municipal João Caetano reabrirá suas portas no dia 2 de setembro de 1976, às 21 horas, para o espetáculo que marcará sua reabertura oficial, com o Balé Oficial da Cidade.
Palco, instalações elétricas e sonoras e camarins foram inteiramente remodelados: o palco foi aumentado, ganhando novo espaço com a retirada das cadeiras da primeira fila. A instalação elétrica, cujo estado precário já oferecia riscos de incêndio, foi trocada, e com ela toda a fiação.
Em uma segunda etapa das obras, mas só a partir do próximo ano, o João Caetano receberá melhoramentos complementares, como estofamento para as cadeiras e ar-condicionado. A partir do dia 2, o Instituto Niteroiense de Desenvolvimento Cultural (INDC) já tem programada uma série de espetáculos, trazendo a Niterói nomes conhecidos, como os pianistas Nélson Freire e Roberto Szidon, o violonista Carlos Barbosa Lima e o Balé de Consuelo Rios, entre outros.
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O Municipal ficará reservado a grandes montagens de teatro, ópera e balé, enquanto o Teatro Leopoldo Fróes passará a apresentar, principalmente espetáculos de música popular.
A reabertura oficial contará com a presença do Prefeito Ronaldo Fabricio, do Reitor da UFF, Geraldo Cardoso, do secretário Municipal de Educação, Hélter Barcellos, e outras autoridades. Os ingressos serão vendidos ao preço único de Cr$ 30,00.
Com capacidade para 600 pessoas, incluídos os camarotes, o Teatro Municipal João Caetano tem suas origens ligadas à Sociedade do Teatrinho, que funcionava em uma modesta casa onde João Caetano representou em 1833 e arrendou em 1839, para transformar no Teatro de Santa Theresa. Sua reconstrução, já na segunda metade do século XIX, feita por particulares, marcou o surgimento do Teatro Municipal, nome recebido após a proclamação da República. O nome de Teatro Municipal João Caetano foi dado na administração do Governador Maurício de Abreu em 1900.
No dia 8, será apresentado no Teatro, o Quinteto Armorial de Pernambuco, com entradas ao preço de Cr$ 30,00 e Cr$ 15,00; no dia 11, o pianista Nélson Freire aos preços de Cr$ 30,00 e Cr$ 15,00; no dia 17, o Teatro de Ópera de Niterói, ao preço de Cr$ 30,00 (único); no dia 22, o violonista Carlos Barbosa Lima, e no dia 29, o pianista Roberto Szidon.
Transcrito de O Fluminense, 29 de agosto de 1976.
Pesquisa e edição de Alexandre Porto
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