Os gradis que delimitam a área do Solar do Jambeiro foram construídos em ferro batido e divididos em vários módulos, em forma de barras com anilhas de chumbo e requadros trabalhados com acabamento em lança. Encontram-se estruturados por montantes de seção quadrada e ponta em formato de pinha, e as bases onde se apóiam são construídas em alvenaria, com encabeçamento de cantaria boleada. Os três portões de acesso, cada qual originalmente com duas folhas, têm desenho semelhante aos gradis fixos.

Os gradis que constituem os guarda-corpos das sacadas do pavimento superior são em ferro batido, com desenho que remete ao das grades que circundam o terreno.



As varandas de acesso ao solar possuem guarda-corpos com importante trabalho em ferro fundido, de clara influência da art-nouveau; os lambrequins destacam-se pelo notável trabalho de fundição de ferro, e a varanda principal conta com pilares ricamente executados também em ferro fundido. Essas varandas certamente integram o conjunto de intervenções realizado por Georg Bartholdy, em 1920, revelando o desejo do diplomata de conferir um aspecto palaciano ao prédio. A ausência de adequada manutenção dos elementos de ferro motivou um crítico estado de conservação, verificando-se fortes deformações, oxidação generalizada, além de peças faltantes.

Localizada na parte oeste do terreno, a pérgola, em estrutura de ferro, composta de montantes tubulares e arcos joaninos, dispostos em módulos, indica um dos acessos ao prédio principal, constituindo uma aléia de caramanchão. Parte de seu conjunto foi destruída, por ocasião da construção da piscina e seu anexo, e sua conservação foi comprometida pela corrosão, perda de elementos e danificação às bases de cantaria, no período de degradação do conjunto arquitetônico.

Intervenção:



A intervenção dos gradis teve início com a retirada dos módulos por partes, remoção mecânica e química das camadas de tinta e de pontos de oxidação, nivelamento dos módulos deformados e substituição das peças comprometidas por novas, de mesmas dimensões e tipologia. As partes faltantes foram fundidas a partir de moldes das peças originais. Os portões laterais foram ampliados para três folhas a fim de permitir o acesso de veículos de serviços. Antes da pintura de acabamento na cor original ? verde colonial ? foi aplicada uma camada de produto anti-oxidante.

A restauração da pérgola foi realizada a partir da reintegração das partes faltantes e remontagem de seu traçado inicial. Este trabalho reveste-se de significado na medida em que recupera não somente um elemento bastante típico dos jardins do século XIX, como as características de ambiência do conjunto arquitetônico. A pérgola é utilizada como caramanchão e será integrada à futura cafeteria, complementando a área de convívio social.

Na aléia de acesso central ao solar, foi reconstruído, de acordo com indicação iconográfica referente ao início do século XX, um arco em ferro que sustenta vegetação e emoldura, graciosamente, a visão da fachada principal do palacete.

Materiais utilizados:
  • Remoção da pintura dos gradis: Aplicação de Pintof, escovação e imersão em tanque com silicato de potássio diluído em água.

  • Preparo para a pintura de acabamento: Aplicação de Prodin/Tapmatic.

  • Pintura de acabamento: Esmalte sintético cor verde colonial aplicado com pistola.











Publicado em 10/06/2013

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