A obra Alabê de Jerusalém, de autoria de Altay Veloso, é uma ópera em que conta a historia do negro Ogundana que viaja a Jerusalém no tempo de Jesus e se apaixona pela hebréia Judith.

Fruto de mais de 25 anos de pesquisa, a peça foi encenada pela primeira vez em 2005, ano em que contou com a participação de Lenine, Elba Ramalho, Alcione, Sandra de Sá, Fafá de Belém, Zezé Motta, Lucinha Lins, dentre outros artistas. Daí em diante seguiram inúmeras apresentações que levaram mais de 12 mil pessoas ao teatro.

Sendo uma obra absolutamente original e fundamentalmente brasileira, a peça, dirijida por Jaime Periard, assume a pluralidade de nosso país, contribuindo para ampliar o conceito de cultura popular. O objetivo é evidenciar a luz que existe na condição humana, e inspirar a urgência de uma nova consciência na construção do novo milênio.

O Espetáculo

O espetáculo conta a da saga de um homem chamado Ogundana, nascido há dois mil anos atrás no antigo Daomé, atual Nigéria. Esse africano deixa a sua tribo do reino Iorubá ainda menino, com doze anos de idade e, segue rumo ao norte da África.

Depois de caminhar por muitos anos, conhecendo outras nações, atravessando indomáveis desertos, longas savanas, montanhas e vales africanos, chega enfim, já com vinte anos de idade, às margens do Rio Nilo. Ali, ele aprende a avançada medicina do Egito, une esses conhecimentos terapêuticos aos que aprendeu em sua aldeia, tornando-se assim um homem capaz de curas.

Um dia no território da Núbia encontra um homem com um sério ferimento feito pelo ferro da espada, esse homem é um centurião romano, Ogundana o cura e o oficial por agradecimento o convida a ir pra Roma. Em Roma o africano passa a receber soldo pra ser um dos médicos do exército romano; e, quando Pôncio Pilatos é designado governador da Judéia o africano parte junto da tropa. Na cidade de Cesaréia, apaixona-se por Judith, uma linda judia da comunidade essênia que é prima de Maria Madalena. Na Galiléia ouve o Sermão da Montanha e conhece Jesus Cristo, apaixonado pelos ensinamentos do Mestre, O segue até os Seus últimos dias em Jerusalém.

Depois da morte do Filho de Deus, Ogundana vai com sua amada viver na Galiléia, Judith morre vinte anos depois e o africano, já bem velho, no deserto da Palestina.

Hoje, dois mil anos depois, no Brasil, num templo de culto africano, esse homem de Daomé retorna ao planeta como uma entidade de nome Alabê de Jerusalém pra contar sua experiência na convivência com o Mestre.

O Alabê de Jerusalém tem tido, com unanimidade, o honroso apoio de todos os setores da comunidade artística brasileira, das instituições que trabalham para a efetiva inclusão social daqueles a quem, historicamente, tem sido negada uma participação digna na vida do país e por conta do seu conteúdo, que busca o mais profundo sentimento de amor, respeito e tolerância entre as diferentes culturas, tem recebido um afetuoso abraço de entidades como a Unesco.

Além de ser uma celebração cultural de alto nível, se propõe a emocionar e provocar uma reflexão sobre os temas da tolerância e da convivência pacífica entre as diferentes crenças e raças. Esta obra levou mais de 20 anos de pesquisa, inclusive com viagens a Jerusalém, à Nigéria, a Angola e à Bahia.

Para o jornalista Dener Giovanini, Alabê é uma exaltação a conservação da natureza e uma tremenda lição de respeito a vida. Só por sua riqueza cultural já merecia estar entre os materiais didáticos distribuídos pelo MEC às escolas. A sua mensagem ambiental, importantíssima, só reforça o seu valor.


Serviço

Alabê de Jersusalém
Data: 21/06, sexta às 21h
Ingresso: R$ 40,00
Duração: 80 minutos
Classificação etária: 12 anos

Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro, 35, Centro
Tel: (21) 2620-1624


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Publicado em 02/05/2013

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