Cronologia do Teatro João Caetano
1827 – Funcionava no local uma pequena casa de espetáculos administrada pela Sociedade Filodramática da Praia Grande, depois denominada Sociedade Filodramática.
1833 – Estreia da Companhia Nacional Dramática, da qual fazia parte João Caetano dos Santos. Alguns historiadores garantem que o evento marca o nascimento do teatro brasileiro – até então todas as companhias que representavam no país eram estrangeiras.
1834 – A casa de espetáculos, que pertencia a José Francisco Furtado de Mendonça, foi vendida neste ano para Joaquim Antônio Corra, um dos fundadores da Sociedade Filodramática de Niterói.
1842 – O ator, diretor e empresário João Caetano adquire o teatro a título de concessão e o transforma em Teatro Santa Tereza, homenageando a futura imperatriz que ainda não havia chegado ao Brasil. Promoveu algumas reformas e , três meses depois, em 25 de dezembro, inaugurou-se com a comédia “As Memórias do Diabo”.
1843 – Em junho é realizada a segunda reforma sob o comando do engenheiro Carlos Carçon Riviére. Deram mais importância à fachada e cresceu nas varandas laterais. O imperador ganha um camarote de honra.
1863 – Morre João Caetano. A viúva não quis prosseguir com o encargo de manter a concessão do teatro.
1875 – Depois da morte de João Caetano, o teatro ficou abandonado. Algumas tentativas de conservação foram pensadas, até que o maestro italiano Felício (Felice) Tati, radicado em Niterói, se interessou pela tarefa.
1878 – Começam as obras, segundo projeto do engenheiro Ernesto Barrador. Os recursos não foram suficientes para a conclusão dos trabalhos. Levantaram empréstimos junto ao Governo e à iniciativa privada.
1884 – Em agosto, o teatro foi reinaugurado com a presença do imperador e da imperatriz. Destaca-se nesta época a execução do pano de boca, com uma passagem da Praia de Icaraí, pintada por Antônio Parreiras.
1889 – Novas obras apoiadas pelo Deputado Luiz Carlos Fróes da Cruz, pai de Leopoldo Fróes. A reforma durou de fevereiro a julho de 1889, com a inauguração solene na noite de 31 de julho.
1885 – Leiloado pelo Governo da Província, o prédio foi adquirido pela Câmara Municipal da cidade.
1900 – A Câmara altera a denominação do teatro para Theatro Municipal João Caetano.
1903 – Ampla reforma realizada pelo arquiteto Felício Antônio Miralhe, auxiliado por Ludovico Berna, o responsávle pelo projeto.
1904 – Reinauguração do teatro com a apresentação de um busto de João Caetano, escultura de Benevenuto Berna.
1923 – Pequenas obras de recuperação
1935 – Reformas para a comemoração da elevação de Niterói à categoria de Município.
1950 – Princípio de incêndio após a solenidade de formatura dos alunos da Faculdade de Filosofia.
1952 – O prefeito Daniel Paz de Almeida promoveu melhoramentos, dentre os quais, a instalação de um palco giratório.
1955/1960/1965/1973/1976 – Reformas parciais
1956 - Criação da Comissão Artística e Cultural
1977 – Reformas profundas em todas as dependências do prédio
1990 – Tombamento pelo INEPAC
1991 – Início da restauração pela Prefeitura Municipal de Niterói
1994 – Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade –IAB-RJ
O Theatro Municipal João Caetano necessitava de uma completa restauração, para a recuperação de sua riqueza arquitetônica, que por milagre lhe restaram.
Os governos de Jorge Roberto Silveira e João Sampaio confiaram a tarefa desta retauração ao pintor e restaurador Cláudio Valério Teixeira.
O Theatro passou por uma das mais profundas restaurações de que se tem notícia na história do patrimônio cultural brasileiro, tendo sido premiado pelo Instituto Arquitetos do Brasil, em 1994. O passado da casa foi respeitado, conservado, reerguido graças a um trabalho minucioso, científico e detalhista feita pelos restauradores e arquitetos.
Reinaugurando no dia 19 de dezembro de 1995.