Na terça-feira, 25 de novembro de 2014, às 20h, o Teatro Municipal de Niterói abre as cortinas para o lançamento do CD e DVD "Retrato Cantado" de Márcio Proença. O projeto é uma homenagem ao compositor niteroiense que coleciona parcerias com grandes nomes da MPB como Ivor Lancellotti, Nei Lopes, Sergio Natureza, Paulo Emílio, Paulo César Pinheiro e Aldir Blanc. O show terá participações especiais de Leny Andrade, Danilo Caymmi, Aurea Martins, Marcus Lima e Adriana Ninsk. Participam também os violonistas Ricardo Gilly, que assina os arranjos, Charles da Costa e João Camarero.
Produzido pela Carino Produções, em parceria com o selo
Niterói Discos e com o apoio do Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB), o trabalho traz 10 composições jamais gravadas por Proença, com direito a solos exclusivos de 14 violões. O projeto inédito faz uma justa homenagem a esse grande compositor que já teve temas cantados por nomes de peso da música brasileira como Nana Caymmi, Gonzaguinha, Lucinha Lins, Beth Carvalho, Cauby Peixoto, entre muitos outros.
"Marcio, o Proença, é um dos compositores mais íntegros que conheço. Verdadeiro, gozador e um artista magnífico, insubstituível em seu talento único", ressalta Aldir Blanc, em um dos textos da contracapa do CD.
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De acordo com o produtor musical João Carino, idealizador do projeto, o novo álbum tem como objetivo reproduzir o ambiente musical intimista que Proença gosta de frequentar: amigos, música e um violão "esperto", como o artista diz.
"Para cada faixa foi escolhido um violonista diferente. Há faixas com dois e até com quatro violões, e todos fizeram seus próprios arranjos. Tudo embalado e perfeitamente entrosado com melodias de Proença. E, claro, não podia faltar o próprio Marcio se acompanhando na última faixa, onde interpreta uma canção inédita em homenagem a sua cidade natal, Niterói", revela Carino.
O repertório do show inclui as músicas do CD/DVD como: "Pare de me arranhar" (Marcio Proença, Darci de Paulo, Flavio Oliveira e Marco Aurélio), "Retrato Cantado" (Marcio Proença e Aldir Blanc), "É Feio" (Marcio Proença e Marco Aurélio), "Vício de amor" (Marcio Proença e Marco Aurélio), "Castelos no ar" (Marcio Proença, Marco Aurélio e Zé Yco), "Filme nacional" (Marcio Proença), "Cabrocha da mangueira" (Marcio Proença e Paulo Cesar Pinheiro), "Ziguezagueou" (Marcio Proença, Cartier e Marco Aurélio), "A voz rouca da Crooner" (Marcio Proença e Ivor Lancellotti) e "Niterói" (Marcio Proença e Paulo Emílio).
Márcio Proença
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Sua história com a música começou aos 15 anos, quando foi estudar no Colégio Militar Ginásio Barão de Paty do Alferes. Lá, fez amizade com Gonzaguinha e o compositor Paulo Emílio, também alunos. Autor de mais de 150 músicas gravadas, ainda aos 17 anos teve seu primeiro registro como compositor com a gravação da canção "A palavra que ficou", por Áurea Martins. Seu primeiro disco foi gravado em 1964, pela Mocambo.
Na década de 1970, Proença fez parte do Movimento Artístico Universitário (MAU), ao lado de Gonzaguinha, Aldir Blanc e Ivan Lins, entre outros. Também nessa época, integrou, juntamente com Eduardo Lage, Flávio Faria e Ana Manhães, o Quarteto Forma, com o qual lançou um compacto duplo e um LP pela Odeon, produzidos por Mariozinho Rocha.
Em 1980, lançou os LPs "Marcio Proença" (1981), com a participação de Lucinha Lins, Aldir Blanc e Gonzaguinha, e "Eterno diálogo" (1984), este último com a participação de Lucinha Lins e Nana Caymmi. E em 2004, gravou o CD "Facho de luz", também produzido por João Carino, com participações de Beth Carvalho, Paulo Cesar Pinheiro, Guinga, Ivor Lancelotti, Simone Guimarães, entre outros.
Funcionário público aposentado, o niteroiense Marcio Proença sempre considerou a música um hobby. Não que tenha faltado oportunidades para fazer dela o seu ganha-pão. É que ele preferiu a segurança do emprego fixo. Além do mais, nunca gostou de apresentações ao vivo.
Proença tem estilo único. Além dos braços cobertos por tatuagens, ele usa pulseiras, anéis nas duas mãos e cordões. À primeira vista, pode ser confundido com um roqueiro, apesar de a sua música estar muito longe dos acordes distorcidos de guitarra. Durante boa parte de sua vida, seu instrumento foi o violão.
Mesmo sem se considerar um músico profissional, Marcio Proença é tido por alguns dos grandes nomes da MPB como um artista de primeira grandeza.
Serviço
"Marcio Proença - Lançamento do CD e DVD "Retrato Cantado"
Data: Terça-feira, 25 de novembro de 2014
Horário: 20h
Duração mínima: 80 minutos
Ingresso: R$ 20,00
Classificação etária: 10 anos
Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro 35, Centro
Tel: (21) 2620-1624
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