O Instituto de Memória Musical Brasileira (IMMuB) completa 10 anos em 2016 e para comemorar apresenta no Teatro Municipal de Niterói o evento "Centenário do Samba em Niterói", nos dias 26 e 27 de agosto, às 20h, com a presença de pesquisadores e artistas representantes do gênero. No primeiro dia do evento, sexta-feira, dia 26, os pesquisadores de música brasileira João Carino, produtor cultural e radialista, e Carlos Didier, historiador e biógrafo renomado, fazem um bate-papo musical sobre a história do samba. A noite traz também um show com a cantora e atriz Soraya Ravenle e do cantor Alfredo Del-Penho, acompanhados por Oscar Bolão e o Rio Trio.

No ano de 2016 o samba comemora 100 anos. O marco fundamental de nascimento do gênero acontece em 1916, com a gravação e registro de autoria de "Pelo telefone", de Donga e Mauro de Almeida, o primeiro samba lançado em disco. O samba se desenvolveu na influência de ritmos africanos, adaptados para a realidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu inúmeras transformações de caráter social, econômico e musical.

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É provavelmente originário do semba, um ritmo religioso angolano, cujo nome significa "umbigada", devido à forma como era dançado. O semba chegou ao Brasil nos tumbeiros hediondos que cruzaram o Atlântico, germinando em todo solo nacional. O gênero é também descendente do lundu, descrito como dança de roda, e também originada em Angola. Centro econômico e político do Brasil, o Rio de Janeiro se tornou o ambiente perfeito para a consolidação do Samba como um dos principais traços identitários da cultura brasileira.




Soraya Ravenle

Atriz e cantora, nascida em Niterói, Soraya Ravenle estreou no teatro em "A Estrela Dalva", de Renato Borghi, em 1986. Dois anos depois, foi escalada para a novela "Vale Tudo", da Rede Globo e a partir dai, participou de diversos outros projetos da emissora. Desde então consolidou uma carreira que a levou a interpretar, em mais de 20 espetáculos, personagens históricos da nossa música, como Aurora Miranda ("O Samba Valente de Assis", 1995), Dolores Duran (Dolores, 1999) e Carmem Miranda ("South America Way", 2001). Sua parceria com o diretor Cláudio Botelho, rendeu alguns dos maiores sucessos do gênero no país, como "A Ópera do Malandro" (2003), "Lupicínio e Outros Amores" (2004), "Sassaricando" (2007) e "Violinista no Telhado" (2011).

Como cantora, em 1992, atuou como vocalista do show "Sla 2 - Be a sample", de Fernanda Abreu, seguindo em turnê pelo Brasil com a cantora. De 1995 a 1999, fez parte do grupo Arranco de Varsóvia, com o qual gravou os discos "Quem é de sambar" e "Samba de Cartola". Em 2002, apresentou-se, ao lado de Jair Rodrigues, no primeiro da série de quatro espetáculos "A era dos festivais", realizados no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil. Em 2009 gravou com Marcos Sacramento e Luís Filipe de Lima o CD "Breque Moderno". Dois anos depois, Soraya lançou o CD "Arco do Tempo", produzido por Alfredo Del-Penho, contendo exclusivamente canções de Paulo César Pinheiro. Seja nos palcos, nos estúdios, no cinema ou na TV, Soraya encanta e mostra o porquê de uma carreira tão bem consolidada e prestigiada. Não é atoa que a multitalentosa é considerada por Zuenir Ventura como "a mais completa atriz/cantora do teatro carioca".

Alfredo Del-Penho

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Cantor, violonista, compositor, ator e pesquisador brasileiro, Alfredo Dias Macedo Del-Penho nasceu em 12 de junho de 1981, em São Fidélis (RJ). Seu primeiro contato com o choro aconteceu em 1998. A partir daí, começou a frequentar as tocatas e serestas de Niterói, onde residia. Em um dos bares que frequentava, o Candongueiro (Niterói), conheceu os integrantes do "Grupo Unha de Gato", ao qual, posteriormente, veio a integrar. Além de cantor, Alfredo compõe, faz arranjos, toca violão e cavaquinho, produz, pesquisa e também atua. Como instrumentista, participou em 2003 dos Shows da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF em homenagem a Ary Barroso. Em uma empreitada online, Alfredo conseguiu levantar fundos para a concretização de dois discos. A mobilização do público foi surpreendente. Ainda mais surpreendente foi o apoio que recebeu de artistas como Chico Buarque (o mesmo que, numa canja na Lapa, em maio, chamou Alfredo Del-Penho para dividir o palco com ele e Moyseis Marques). Em 2016 venceu o 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de Samba.


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Oscar Bolão

Carioca, o baterista e percussionista Oscar Bolão, a inda na adolecência, começou a tocar pandeiro pelas ruas do Leblon. Ao formar seu primeiro grupo, o "Coisas Nossas", se matriculou na Escola de Música Villa-Lobos e foi estudar com Edgar Nunes Rocca. Após um período na escola, foi estudar com Rodolfo Cardoso, timpanista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Graças ao seu crescente interesse pela percussão e o desejo de igressar na sinfônica Brasileira, Rodolfo o encaminhou para Luis Anunciação, com quem Oscar estudou por oito anos. Ao longo de décadas de atividades, Oscar tocou com inúmeros artistas como Elizeth Cardoso e Nei Matogrosso.

Rio Trio

Formado em meados de 2010 por Alessandro Cardozo (Cavaquinho), Netinho Albuquerque (Pandeiro) e Leandro Saramago (Violão 7 Cordas), músicos atuantes há mais de 20 anos, o RioTrio se propõe a divulgar o choro, mantendo suas tradições e interpretando grandes nomes como Waldir Azevedo, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, João Pernambuco, Jacob do Bandolim e outros. Além destes grandes nomes, o Rio Trio inova ao incluir em seu repertório compositores da nova geração.


Instituto de Memória Musical Brasileira (IMMuB)

O IMMuB, que completa 10 anos em 2016, tem como missão propagar e resgatar a memória da cultura musical brasileira. Há 10 anos o instituto vem digitalizando e catalogando o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é o maior catálogo digital de informações, sons e imagens da discografia brasileira, atualmente com mais de 81.560 discos cadastrados. O IMMuB também atua na realização de projetos culturais como shows, livros, exposições, CDs e DVDs, somados a eventos de grande porte como o "3º Salão da Leitura de Niterói" e "Niterói – Encontro com América do Sul". Mantido pela Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói, desde 2011 o Instituto é responsável pela administração e produção do "Programa Aprendiz - Música na Escola", um dos mais importantes projetos de musicalização infantil ativos no país.


Serviço

Centenário do Samba em Niterói
Show com Soraya Ravenle Alfredo Del-Penho e debate sobe a história do Samba
Data: Sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Horário: 20h
Ingresso: R$10 (inteira)
Duração: 90 minutos
Classificação Livre

Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de novembro, 35 – Centro, Niterói
Tel: (21) 2620-1624


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