A edição de novembro do Clube do Choro de Niterói comemora os 75 anos de Paulinho da Viola. Considerado um dos maiores expoentes do samba de todos os tempos, sua obra se estende à música instrumental, em especial o Choro, que o grande parte do público não conhece.
Com peças instrumentais para cavaquinho e violão, possui um vasto trabalho autoral, no qual abarca lindos choros e valsas. No dia 14 de novembro de 2017, terça-feira, às 20h, vamos celebrar a genialidade deste grande portelense que tanto contribuiu para a música popular brasileira!
Paulinho da Viola
Filho do músico Cesar Faria, Paulinho da Viola cresceu num ambiente naturalmente musical. Na sua infância em Botafogo, bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro onde nasceu em 12 de novembro de 1942, teve contado constante com a música através do pai, violonista integrante do conjunto Época de Ouro. Nos ensaios familiares do conjunto, Paulinho conheceu Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre muitos outros músicos que se reuniam para fazer choro e eventualmente cantar valsas e sambas de diferentes épocas.
Ao longo dos anos 70, Paulinho gravou em média um disco por ano, ganhou diversos prêmios e se apresentou por diversas cidades no Brasil e no mundo. Já nos anos 80, gravou mais quatros discos e manteve-se como um dos principais nomes do samba no país. Nos anos 90, entrou numa nova fase, onde a imprensa e os críticos passaram a vê-lo como um músico mais sofisticado e maduro. Mesmo sem perder seu apelo popular, Paulinho gravou um de seus mais importantes trabalhos, Bebadosamba e montou o espetáculo homônimo.
O trabalho de Paulinho hoje é visto como um elo entre diversas tradições populares como o samba, o carnaval e o choro, além de suas incursões em composições para violão e peças de vanguarda. Um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho mostra que está sempre se renovando e produzindo sem abandonar seus princípios e valores estéticos.
Músicos:
Paulinho Bandolim - bandolim
Fundou o grupo de choro Café Brasil com o qual lançou o disco “Em Terra de Araribóia” em 2013 e representou o Brasil no “HIFA 2007” (Harare International Festival of Arts), no Zimbabue, com o duo Focando em Cordas. Participou do projeto “Turunas Cariocas” em Petrolândia-PE, terra natal do violonista João Pernambuco. Venceu o concurso “Jovens Bambas do Velho Samba” em 2010, 2013 e 2014 acompanhando os cantores Maria Menezes, Inácio Rios e Anderson Vaz respectivamente. Em 2009, passou a integrar a Ala de Compositores da Estação Primeira de Mangueira onde venceu o concurso de samba-enredo nos anos de 2010, 2015 e 2016.
Eduardo Jones - cavaquinho
Apaixonado por choro e samba, segue tocando seu cavaquinho desde 1982 e já tocou com vários músicos, incluindo Aecio Flavio, Mario Pereira, Otaviano Pitanga, Luiz Roberto, Sivuca, Paulo Moura, Zé da Velha, Silverio Pontes, Nelson Sargento, Monarco, entre muitos outros. Fundador o grupo Cia do Choro, foi também parceiro de Nelson Sargento em "Diz Qui Tá" e "Canta Meu Povo" (inéditas). Tocou no carro de som da Portela, no 1º ensaio técnico do Sambódromo e na Noite das Campeãs em 1984, além de ter participado do embrião do Clube do Choro de Niterói em 2013, na Cantareira.
Leo Fernandes - violão de 7 cordas
Integrante do Grupo Café Brasil, que lançou em 2013 o cd “Em terra de Araribóia”, com participações de Ronaldo do Bandolim, Silvério Pontes, entre outros grandes nomes do choro, contendo ainda texto de Zé Paulo Becker. Foi integrante do Trio de Couro e Cordas, com o qual participou de duas turnês pela Noruega. Com o Duo Focando em Cordas representou o Brasil no HIFA, festival internacional de artes no Zimbabue, África. Acompanha atualmente cantores da nova geração do samba, como Mingo Silva, André da Mata e João Martins. Participou de alguns projetos de samba, onde acompanhou artistas como Luiz Carlos da Vila, Diogo Nogueira, Monarco e Almir Guineto.
Diogo Barreto - pandeiro
Aos 18 conheceu o músico Silvério Pontes, que lhe apresentou ao Choro. Apresentou-se no Democráticos, tradicional casa da Lapa, com Marcos Sacramento, Zé da Velha e Silvério Pontes. Acompanhou diversos sambistas como Monarco, Sombrinha, Wanderlei Monteiro e Luiza Dionizio, com quem participou dos programa Som Brasil em homenagem ao cantor e compositor Arlindo Cruz. Atualmente, se apresenta em importantes casas noturnas do Rio de Janeiro integrando o grupo das cantores Taís Macedo e Roberta de Recife, entre outros.
O Clube do Choro de Niterói
A música niteroiense sempre foi motivo de orgulho para a cidade, que sempre possuiu notória vocação para cultivar o choro, revelar e abrigar grandes músicos e compositores deste gênero. O Clube do Choro de Niterói é um movimento criado com a ideia de incentivar a disseminação deste que é considerado o primeiro gênero musical urbano brasileiro. Sua fundação ocorreu em 28 de janeiro de 2013, com a presença dos músicos Paulinho Bandolim (bandolim), Leo Fernandes (violão de 7 cordas), Felipe Reis (violão), Diogo Barreto (pandeiro), Phelipe Ornellas (cavaquinho), Eduardo Jones (cavaquinho), Marcílio Lopes (bandolim), Wellington Krepke Duarte (violão de 7 cordas), Denise Coimbra (violão).
Serviço
Clube do Choro de Niterói
"75 Anos de Paulinho da Viola"
Data: Terça-feira, 14 de novembro de 2017
Horário: 20h
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre
Sala Carlos Couto
Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro, 35, Centro
Tel: (21) 2620-1624
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