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Abrindo a programação de 2014, a Sala Carlos Couto presta uma grande homenagem a uma das maiores cantoras do Rádio: Marlene. A exposição será composta por fotografias, figurinos, troféus e faixas. Também estará disponível a obra 'Marlene, a Incomparável', de Diana Aragão, publicada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Na noite de abertura, sexta-feira, 14 de fevereiro às 19h, a autora estará presente e a obra estará à venda. Agradecimento à Associação Marlenista do Rio de Janeiro, à Antonieta Maria Carvalho, sua Presidente, e a Cezar Sepulveda, seu Diretor Geral e pesquisador. A curadoria é de Teca Nicolau e a exposição ficará em cartaz até o dia 31 de março.
Nasce uma Estrela
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Vitória Bonauiti era filha de italianos e cantava desde os quatro anos no coro da Igreja Evangélica de São Paulo, onde morava. Um dia, já no ginásio, faltou aos serviços religiosos e foi cantar na "Hora dos Estudantes", na Rádio Bandeirantes anunciando-se como Marlene, porque gostava muito do nome. Quando os pais descobriram, foi um escândalo. Houve brigas, castigos e a moça, com apenas 20 anos, fugiu para o Rio, decidida a ser Marlene.
E foi bem aqui, pelas mãos do empresário Armando Silva Araújo, que a jovem foi levada a fazer um teste para o Cassino Icaray. Percorrendo uma trajetória que passava pelas ruas Belizário Augusto e Moreira Cézar, ela chegava na Miguel de Frias pronta para brilhar. Foi assim, dessa matéria feita de sonhos, que uma estrela começou a despontar no céu da praia de Icaraí, onde ficava o cassino. Dali, Marlene se expandiu e conseguiu um contrato como "crooner" no Cassino da Urca. Seis meses depois, quando o jogo era proibido em todo o território nacional, Marlene conheceu Carlos Machado e o empresário apareceu com um novo contrato: boate "Casablanca" na praia da Urca. Meses depois, nova oportunidade: transformada em grande estrela, Marlene cantava para o público do Copacabana Palace. Foi então que César de Alencar, resolveu convidá-la para cantar em seu programa, na Radio Nacional.
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A direção do Copacabana, evidentemente, não concordou alegando que "não ficava bem". Mesmo assim, Marlene foi, "só para assistir o programa". Ficou tão entusiasmada que não se conteve e cantou. "Vi que meu lugar era ali, com aquela gente", diz ela. "O pessoal do Copa, os grã-finos, podia pegar um avião e ir para a Europa e os Estados Unidos se divertir. Achei que minha missão era ali, e resolvi deixar o Copacabana para sempre", finaliza. E pelas "poderosas ondas da Rádio Nacional", Marlene ficou conhecida de todos os brasileiros. Uma estrela pode durar até dez bilhões de ano. Mas não Marlene: ela, que é oito vezes maior que o sol, deve nos encantar por muito mais tempo...
Pesquisador: Cezar Sepulveda
Fotos de Larissa Pereira/TMJC. Clique para ampliar. |
Serviço
Marlene, a Incomparável
Abertura: Sexta-feira, 14 de fevereiro às 19h
Visitação: 15 de fevereiro a 30 de março de 2014
Horário: Terças a sextas-feiras, das 10h às 18h | Sábados e domingos, das 15h às 18h
Classificação etária: Livre
Sala Carlos Couto, anexo ao Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro 35, Centro
Tel: (21) 2620-1624
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