A Companhia de Ballet da Cidade de Niterói apresenta nos dias 03, 04 e 05 de maio, no Theatro Municipal de Niterói, o espetáculo ARUC, com concepção e coreografia do hispano-brasileiro Allan Falieri. A ideia por trás de ARUC é a possibilidade de externalizar o nosso avesso, de entender o ser humano como um ser complexo, com suas subjetividades. Para a abertura da noite, a CBCN convidou a Comrua Companhia de Dança com o espetáculo 'CORRE'.

Sobre ARUC

ARUC surgiu da vontade de trazer para a existência um senso de sociedade e comunidade. Como seria se inventássemos a nossa própria comunidade? Qual seria a nossa regra em comum? A obra explana a existência de um lugar, um território distópico, um espaço físico atemporal ocupado por criaturas. A ideia por trás disso é a possibilidade de externalizar o nosso avesso, de entender o ser humano como um ser complexo, com suas subjetividades. As tensões do cotidiano de uma cidade são trazidas para a construção da peça, onde personagens são inventados para que possam expurgar o que muitas vezes não podemos.

Foi então que a companhia sentiu a necessidade de uma cura, representada pelo próprio nome "Aruc" - que é a palavra "cura" escrita ao contrário. O objetivo desse espetáculo foi encontrar o senso comum desse grupo heterogêneo, que durante o processo de criação se permitiu acessar lugares físicos e emocionais para chegar ao resultado da obra; explorando as múltiplas dimensões identitárias, culturais e temporais que constituem o/a corpo/corpa como um conglomerado diverso, instável e dinâmico.

O coreógrafo Allan tem um interesse perene em desenvolver e pesquisar novas formas de dança, criando estratégias e mecanismos baseados na diversidade das identidades, na busca de promover uma visão inclusiva no contexto sócio-político-cultural. Para isso, recorre à arte, à educação e à ciência como estratégias de conhecimento.

No cenário de ARUC poderá ser visto a ancestralidade e espiritualidade desempenhando um papel fundamental, pois expõe as trilhas do nosso passado, o chão do tempo que pavimenta nosso caminho. Representam os alicerces profundos que nos ajudam a desvendar a complexidade de quem somos. Povos, tribos, indivíduos, uma colcha de cores e experiências, jazem agora horizontalmente, mas que depois assumem a verticalidade da contemplação, elevando esses(as) corpos(as) à luz do entendimento. Concedemos-lhes permissão para se erguerem em nossa consciência, libertando-os de sua partida terrena.

A obra conta com uma ficha técnica renomada com cenário de Daniel Pinha, iluminação de Paulo Cesar Medeiros, direção musical de Allan Falieri e trilha sonora original de Mbé e Leyblack. Os figurinos foram concebidos por Allan e confeccionados por Zoé Disconzi; em uma parceria inédita entre a CBCN e a Casa do Artesão. ARUC é imediato, mas também profundo e complexo. É novo e moderno, mas enraizado na herança.


Ficha técnica

Bailarinos – Alex Sena, Ariane Pereira, Bruna Lopes, Carol Martins, Diego Cruz, Gilson Paixão, Isa Kokay, Jayme Tribuzy, Janaina Casteletti, Jeanete Guenka, João Corrêa, Mirna Nijs, Mylena Athayde, Robson Schmoeller e Rogger Machado

Concepção e coreografia – Allan Falieri
Direção Artística - Fran Mello
Iluminação – Paulo Cesar Medeiros
Figurino – Allan Falieri
Confecção de Figurino e adereços– Zoé Disconzi
Cenário – Daniel Pinha
Confecção de roupas para o cenário: Rita Sobrinho
Direção Musical: Allan Falieri
Trilha sonora original: Mbé e Leyblack
Direção dramatúrgica – Fabiana Nunes
Produção Executiva – Tenara Gabriela
Coordenação Técnica e Logística – Thiago Piquet
Designer – Karla Kalife
Ensaiadores – Fabrícia Ribeiro e Luiz Menezes
Fotografia – Luiz Kerche
Coordenação de acervo e figurinos – Jonathan Carvalheira

Sobre CORRE

Uma trupe de 6 dançarinos, riscando em todas as direções o espaço cênico, sem pausas, durante 30 minutos, tudo se forma com a mesma rapidez com que se desforma (ou se transforma). E nada parece se conformar completamente. Solos, duos, quartetos, formações maiores ou menores de grupo se constituem e se dissipam a todo momento, num jogo incessante de união e dispersão. A ocupação do espaço é no mais das vezes anárquica, frenética, enquanto a gradação dos movimentos vai do festivo ao ritualístico. Tudo desemboca numa trilha sonora elaborada por Pâmela Oliveira que permite a Rodrigo Pires desenhar com os corpos de seus dançarinos a melodia oculta no espetáculo rítmico e dinâmico. Giram de cabeça sobre o chão em equilíbrios impensáveis, combates estilizados, nítidas alusões ao hip-hop. De temperatura e densidade altas, talvez seja o espetáculo da cia com mais incidência de movimentos de chão.


Serviço

ARUC – Companhia de Ballet da Cidade de Niterói
Datas: 03 a 05 de maio de 2024
Horário: Sexta 19h | Sábado e domingo 18h
Duração: 80min
Classificação etária: 12 anos
Ingresso: R$20,00 (Inteira) | R$ 10,00 (Meia prevista em lei e Promoção para moradores de Niterói)
Link para o evento no site da Sympla

Local: Theatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua XV de Novembro, 35 - Centro, Niterói
Telefone de contato: (21) 3628-6908


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Publicado em 30/04/2024

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