Área: 2,06 km2
População: 15953 habitantes (IBGE 2000)

O Barreto tem como limites a Baía de Guanabara a oeste, o município de São Gonçalo ao norte, a Engenhoca a leste e, ao sul, o bairro de Santana.

A área que compreende o Barreto já foi uma grande fazenda de nome Caboró, que pertencia ao Frei José Barreto Coutinho de Azevedo Rangel, daí a origem do nome do bairro.

A ocupação do Barreto, a princípio, deu-se basicamente nas áreas planas disponíveis. Nos anos 60 os morros do Maruí Grande e dos Marítimos, que já apresentavam algum assentamento nas encostas, passaram a ser ocupados aceleradamente. Nesse mesmo período, com a construção da Avenida do Contorno, o trânsito na rua General Castrioto, a principal do Barreto e de tráfego muito intenso, melhorou — mas o bairro transformou-se em via de passagem para outros locais.

O Barreto foi um dos principais pólos industriais do município e nele encontravam-se instalados vários estabelecimentos têxteis além de muitas fábricas menores, como a dos saponáceos Brankiol e Jaspeol, hoje em ruínas; e outras de fósforos, de formicidas, ladrilhos e olarias — que faliram ou migraram para outros locais, além de um pólo comercial expressivo, que também se dissipou.

A decadência industrial foi provocada por questões conjunturais, principalmente pela reformulação do perfil industrial brasileiro, que inviabilizou as pequenas e médias empresas, devido a uma total falta de incentivos do governo e pela própria competição, sobretudo de novas tecnologias das indústrias multinacionais que se instalaram no eixo Rio - São Paulo.

Uma importante indústria têxtil que permanece em funcionamento até os dias de hoje é a Companhia Fluminense de Tecidos (antiga Companhia Manufatura Fluminense), cuja instalação data do início do século e que conserva a arquitetura e o modelo industrial daquela época, ou seja, mantém uma vila operária com aproximadamente 70 casas para trabalhadores em atividade, que têm descontado em folha um valor simbólico de aluguel. As mudanças ou melhorias feitas nas residências são de inteira responsabilidade do morador, porém, a grande maioria continua com as características originais. Vale ressaltar que este estabelecimento, fabricante de tecidos de algodão, apresenta uma média superior a 500 empregados, divididos entre pessoal ocupado na produção e na administração.

Encontramos no bairro outra vila operária, hoje bastante descaracterizada. Esta vila, que pertencia a antiga fábrica de fósforos Fiat-Lux, era composta por três avenidas num total de 72 casas em estilo inglês. Na década de 70 essas casas foram alienadas e alguns operários as receberam como prêmio de indenização ou parte da aposentadoria.

Também antigo no bairro é o Estaleiro Renave, cujo acesso se faz pela Avenida do Contorno e que conta com aproximadamente 400 empregados.

A construção, tanto desta avenida quanto da rodovia Niterói-Manilha, reduziu drasticamente as dimensões da praia do Barreto, descaracterizada e poluída, principalmente por estar localizada na Baía de Guanabara. Esta praia, praticamente a única da Região Norte, era uma importante área de lazer para os moradores.

O comércio do Barreto, expressivo em outras épocas, era responsável pelo grande movimento de pessoas que ao bairro convergiam em busca dos produtos oferecidos. Atualmente os moradores do Barreto recorrem ao comércio de outras áreas.

Até a década de 50/60 o bairro tinha estação de barcas, bem como atividade pesqueira, restando hoje pequena colônia de pescadores, a Z 6, que sobrevive basicamente da pesca na Baía de Guanabara.

O Barreto teve também bondes e uma importante estação de trem, cujo prédio, quase que totalmente destruído, ainda atende aos passageiros que se dirigem ao município de Itaboraí.

Nas últimas décadas, novos estabelecimentos instalaram-se no Barreto como a fábrica da Coca-Cola, a Central de Abastecimento (Ceasa), a Auto-Viação 1001, algumas distribuidoras de carnes, de bebidas, de lubrificantes, de alimentos, algumas confecções, gráficas, indústrias de gesso, de tecelagem, de sardinha e de mármore.

Fonte: Niterói-Bairros - Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói - 1991





ÍNDICE DOS BAIRROS DE NITERÓI

REGIÃO DA BAÍA REGIÃO NORTE REGIÃO PENDOTIBA REGIÃO LESTE
Ponta D'Areia Ilha da Conceição Ititioca Muriqui
Centro Barreto Largo da Batalha Rio do Ouro
São Domingos Santana Maceió Várzea das Moças
Gragoatá São Lourenço Sapê
Boa Viagem Engenhoca Badu REGIÃO OCEÂNICA
Ingá Fonseca Cantagalo Jardim Imbuí
Morro do Estado Cubango Maria Paula Piratininga
Icaraí Tenente jardim Matapaca Cafubá
Fátima Viçoso Jardim Vila Progresso Jacaré
Pé Pequeno Baldeador Santo Antônio
Santa Rosa Caramujo Camboinhas
Vital Brazil Santa Bárbara Serra Grande
Viradouro Maravista
São Francisco Itaipu
Cachoeira Engenho do Mato
Charitas Itacoatiara
Jurujuba








Publicado em 14/08/2013

Despacho de Dom João VI Leia mais ...
Carta de Lei Nº 6 de 1835 Leia mais ...
Carta de Lei Nº 2 de 1835 Leia mais ...
Pronunciamento da Mesa do Desembargador do Paço Leia mais ...
Representação do Ouvidor da Comarca Leia mais ...
Escritura de Renúncia de Terras Leia mais ...
Auto da Posse da Sesmaria em 1573 Leia mais ...
Alvará de Criação da Vila em 1819 Leia mais ...
Símbolos de Niterói Leia mais ...